Mesmo em meio à temporada seca, as chamas no Cerrado foram mantidas sob controle durante o mês de agosto. No período, foram registrados 6.850 focos de calor, o segundo menor valor de toda a série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), iniciada em 1998. Os valores foram atualizados na noite de quinta-feira (31).
A quantidade de queimadas em agosto de 2023 só perdeu para 2009, quando foram registrados 6.492 focos. Ela também é 50% menor do que a média para o mês (13.898 focos) e está 35% abaixo do que o número registrado em agosto de 2022 (10.567 focos).
O Cerrado tem ganhado cada vez mais atenção do governo federal. Isso porque, apesar dos números de agosto, a destruição do bioma no primeiro semestre do ano manteve-se em alta.
De janeiro a julho, foram gerados alertas de desmatamento para 4.407 km² de Cerrado, 21% a mais do que o mesmo período do ano anterior e quase duas vezes mais do que o registrado para a Amazônia (2.649 km²).
Com as queimadas não foi diferente. O número de focos registrados no primeiro semestre de 2023 (2.510) é quase o dobro da média para o período (1.332 focos).
Devido a esses resultados, desde os primeiros meses do ano o governo trabalha na formulação de um novo Plano de Ação Para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas no bioma (PPCerrado).
Em julho um seminário técnico-científico foi realizado e agora em setembro está prevista uma audiência pública sobre o assunto.
A previsão é que o novo PPCerrado seja colocado em prática a partir de outubro próximo.
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