Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Projeto de conservação do papagaio-de-peito-roxo ganha novo mini documentário

Projeto de conservação do papagaio-de-peito-roxo ganha novo mini documentário

A SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) e a Fundação espanhola Loro Parque se unem para lançar um mini documentário sobre o projeto de monitoramento e conservação dos papagaios-de-peito-roxo, espécie ameaçada e endêmica da Mata Atlântica. A SPVS trabalha na conservação de fauna na Mata Atlântica, desde 1990, com projetos de proteção de espécies, e iniciou a parceria com o Loro Parque em 2005, quando começaram a trabalhar juntos nas ações de proteção do papagaio-de-cara-roxa.

O documentário, lançado no final de abril, possui um pouco mais de 7 minutos, e está disponível no Youtube de forma gratuita. Contém relatos da coordenadora do projeto de monitoramento, Elenise Sipinski, da técnica e do consultor da SPVS, respectivamente Roberta Boss e Lucas Mendes, além de apresentar a fala de Eliel Albers, morador da região de monitoramento. O conteúdo incentiva a preservação da espécie e ainda mostra com detalhes como é feito a preservação dos papagaios-de-peito-roxo. 

O projeto de conservação desses animais acontece desde 2018 e funciona por meio do acompanhamento populacional e reprodutivo da espécie, a partir da contagem de quantos indivíduos existem na natureza – e do registro dos filhotes. “O monitoramento dos filhotes é bem especializado, tem o biólogo que sobe nos ninhos para acessar esses filhotes (…). A gente tira as medidas, faz a biometria e coloca uma anilha. Essa anilha é do CEMAVE [Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres], que é um número, como se fosse uma identidade “, diz Elenise Sipinski, em imagens do mini documentário.

Segundo Roberta Boss, técnica da SPVS, esses animais são conhecidos cientificamente como Amazona vinacea, e são da família dos psitacídeos. A espécie é ameaçada de extinção por vários motivos, o principal é a perda de habitat. Por serem exclusivos da Mata Atlântica, se encontram principalmente na Grande Reserva Mata Atlântica, que fica entre os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina, regiões de alto índice de desmatamento entre 2021 e 2022. 

De acordo com o relato de Lucas Mendes no documentário, os papagaios-de-peito-roxo não constroem os ninhos, precisam de ninhos naturais, que são as cavidades formadas nas árvores, lugar onde fazem a postura dos ovos. Além disso, dependem do pinhão e de outros frutos nativos para alimentação. Dessa forma, são impactados pelo estado crítico de desmatamento. O projeto da SPVS e da Fundação Loro Parque atua também na instalação de ninhos artificiais, maneira que encontraram para minimizar o desaparecimento da espécie, classificada como “Vulnerável” pela Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção do MMA (2022). 

Outra ameaça ao Amazona vinacea é o tráfico de animais silvestres. “São retirados de forma violenta, transportados de maneira inadequada, e muitos morrem” afirma Roberta Boss. As aves são o principal alvo do tráfico de animais silvestres no Brasil e correspondem a 80% das espécies contrabandeadas no “mercado negro”, que movimenta em torno R$ 3 bilhões, atrás apenas do tráfico de armas e de drogas, dado publicado pela Agência de Notícias de Direitos Animais – ANDA. 

O projeto de conservação, analisando o cenário, inclui nas suas atividades conversas e exposições de educação ambiental com moradores locais, além de aproximações com monitores e gestores de áreas particulares e Unidades de Conservação (UCs) nas quais o projeto atua, por exemplo. Eliel Albers, morador local, afirma que “o pessoal [traficantes] começa a tirar para comércio, vão [os papagaios] procurando outros lugares para fazer os ninhos, vai diminuindo muito, era muito mais mata, o pessoal de fora foi comprando e fazendo pasto e foi só diminuindo”.

As principais áreas de monitoramento do papagaio-de-peito-roxo no estado do Paraná são alguns municípios da Região Metropolitana de Curitiba, como Campina Grande do Sul, Tunas, Adrianópolis e Bocaiúva do Sul. No ano de 2024, será também realizado o monitoramento da espécie no Parque Estadual de Lauráceas e áreas do entorno.  Elenise Sipinski destaca: “O principal propósito do projeto é proteger das principais ameaças e minimizar essas ameaças. Quando uma espécie muda de categoria, ou a gente percebe que a população aumenta, ou que um sítio reprodutivo está protegido, nós estamos cumprindo nosso principal objetivo. Quando a gente percebe que os moradores entendem a importância dessa espécie, importância de proteger toda essa região da natureza, nós também estamos cumprindo nosso objetivo.”

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
Ver post do Autor

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn

Postes Recentes

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO

Redes Sociais: