Dom Leonardo Ulrich Steiner. Foto: https://diocesedecrato.org/
Anunciado pelo Papa Francisco como novo cardeal da Igreja Católica no dia 29 de maio de 2022, o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, é o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Durante o anúncio feito no Vaticano, além de Steiner, o papa também nomeou o arcebispo de Brasília, Dom Paulo César.
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Dom Leonardo Ulrich Steiner tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020. Ele assumiu o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2013. Até então, Steiner atuava como chefe da igreja local como bispo auxiliar de Brasília.
Além disso, Dom Leonardo já foi duas vezes secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O novo cardeal nasceu em 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha, Estado de Santa Catarina, na diocese de Criciúma (Brasil). Fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 2 de agosto de 1976 e foi ordenado sacerdote em 21 de janeiro de 1978.
Estudou Filosofia e Teologia nos Franciscanos de Petrópolis; é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Obteve a licenciatura e o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma.
Seu lema episcopal é ‘Verbum caro factum” que quer dizer “Verbo feito carne”.
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O arcebispo metropolitano de Manaus, cardeal Dom Leonardo Steiner recebeu no dia 26 de junho de 2024, o “Título de Cidadão de Manaus”, em sessão solene no plenário Adriano Jorge, na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Por meio do decreto legislativo 632 de 2024 e como reconhecimento pelo relevante serviços prestados à sociedade manauara, Dom Leonardo Steiner recebeu a placa de Cidadão de Manaus.
‘Se eu não estivesse na Amazônia, não seria cardeal’, foi com essas palavras que Dom Leonardo Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus começou o discurso de agradecimento por receber o título de Cidadão de Manaus.
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“A nossa cidade é viva, não é um lugar geográfico. O lugar nos diz, nos constrói, nos oferece um pensamento distinto. No morar ‘obramos’, pois no fazer obra, ‘moramos’, pois construir já é, em si mesmo morar e viver. Morar é pertencer e pertencer é ser. Sei que não advêm de um título, mas o título pode despertar para melhor morar, trabalhar, construir, participar, transformar. Receber o título responsabiliza o ‘morar’, por isso, o ‘pertencer’. Pelo morar, construir e trabalhar.
O poeta da liberdade amazonense nos oferece esse modo de ‘obrar’. Que o Pão encontre na boca o abraço de uma canção construída com o trabalho. Que a fome fatigada de um suor que corre o rosto, que o pão do dia não chegue sabendo do trave de luta e o troféu da humilhação. Que seja a benção da flor festivamente polida porque deu ajuda ao chão. Mais do que flor seja fruto que maduro se oferece sempre ao alcance da mão, da minha e da tua, construímos juntos.
A cidade apoliteia acontece no ‘obrar’ de muitas mãos. Tocar ao alcance da mão o ‘Pão da cultura’, da educação, da saúde, da justiça, do lazer, da arte da paz, da partilha do pão ‘Pao’. As estrelas, na escuridão da noite iluminam nosso sentido de pertencimento, de orientação na imensidão do firmamento. E nos situam no centro e vão revelando nossa imensidão no sentido de habitar no mundo. Quem vive no interior já olhou para o céu e viveu essa experiência. Na cidade, luzes artificiais podem ofuscar o olhar ascendente, levando ao esquecer o nosso morar e construir, até podem nos desterrar. Mas, porque morarmos e no morar operamos na imensidão da fé, nos oferece a suavidade e a força do reino de onde ‘Somos todos irmãos e irmãs’ como os mesmos direito e deveres. E que nos foi dado o iluminar, não com luzes artificias, mas com a luzes de Belém. Grato por oficialmente poder dizer que sou manauara. Obrigado”, concluiu Dom Leonardo Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus.
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A atenção de Francisco pela Amazônia foi tão grande que, em agosto de 2022, ele nomeou o arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, como o primeiro cardeal da Amazônia Brasileira.
Na época, logo após o anúncio, Steiner afirmou que o papa estava preocupado com o desmatamento, com as ameaças às culturas indígenas e com a poluição dos rios causada pelo uso de mercúrio em garimpos ilegais na região.
“A nomeação de um cardeal da Amazônia mostra o desejo do papa de aproximar a Igreja da Amazônia”, disse Steiner.
*Com informações do g1 Amazonas e Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM)
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