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Maria Leopoldina: Princesa da Liberdade, Imperatriz da Independência

Maria Leopoldina: Princesa da Liberdade, Imperatriz da Independência

Maria Leopoldina foi uma das grandes personagens da história brasileira e teve papel importante na condução da independência do Brasil, em 1822. Arquiduquesa da Áustria, Maria Leopoldina casou-se com D. Pedro I, na época príncipe português, e transformou-se em imperatriz do Brasil, em 1822.

Nascida em 22 de janeiro de 1797 em Viena, capital do Império Austríaco, Maria Leopoldina era filha do imperador austríaco Francisco I e de Maria Teresa. Ela teve 11 irmãos, dos quais teve maior proximidade de Maria Luísa, que foi sua confidente e correspondente. Como filha da realeza austríaca, sua educação foi exemplar e bastante influenciada pelo príncipe Metternich e por Goethe.

Como parte de sua educação, Leopoldina aprendeu três idiomas: alemão, francês e italiano, e, ao longo de sua vida, estudou inglês e português. Ela também demonstrou grande interesse por assuntos relacionados com mineralogia e botânica. Sua infância ficou marcada pelos conflitos da Áustria contra a França como desdobramentos da Revolução Francesa.

Em 1817, ela se casou por procuração com D. Pedro, que era filho do rei de Portugal, D. João VI. Ela chegou ao Brasil em novembro do mesmo ano e se encontrou pessoalmente com seu marido pela primeira vez. O casamento foi celebrado na capela imperial do Rio de Janeiro. Apesar da grande diferença de personalidade entre os dois, eles se deram bem no início e tiveram sete filhos.

Leopoldina teve uma grande influência sobre D. Pedro na questão da independência do Brasil. Ela era favorável à emancipação política do país em relação a Portugal e se comunicava com os patriotas brasileiros que queriam a separação. Ela também convenceu D. Pedro a ficar no Brasil quando ele recebeu uma carta das Cortes portuguesas exigindo seu retorno a Lisboa. Foi nesse momento que ele pronunciou a famosa frase: \”Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.

Em 2 de setembro de 1822, Maria Leopoldina, então princesa regente do Brasil, por conta de uma ausência de D. Pedro, que estava em São Paulo, assinou o decreto da Independência e declarou o Brasil separado de Portugal. Ato imediato e subsequente, enviou carta a D. Pedro, exigindo que ele proclamasse a Independência do Brasil. Foi assim que ele recebeu a notícia no dia 7 de setembro de 1822 às margens do riacho Ipiranga e bradou: \”Independência ou morte!

Maria Leopoldina tornou-se imperatriz do Brasil em 12 de outubro de 1822, quando D. Pedro foi aclamado imperador como D. Pedro I. Ela foi a primeira mulher a ocupar esse cargo na América Latina e recebeu o título de \”Defensora Perpétua do Brasil\” pelo seu papel na independência.

A vida de Leopoldina, no entanto, não foi feliz. Ela sofria com as traições e as agressões de D. Pedro I, que tinha várias amantes e chegou a bater nela quando ela estava grávida. Ela também enfrentou dificuldades para se adaptar ao clima e à cultura do Brasil, além de sofrer com a saudade da família e da Áustria.

Em 1826, Leopoldina engravidou pela oitava vez, mas sofreu um aborto espontâneo que lhe causou uma infecção generalizada. Ela faleceu no dia 11 de dezembro de 1826, no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, aos 29 anos de idade. Ela foi sepultada no Convento da Ajuda, na atual Cinelândia, e depois seus restos mortais foram transferidos para o Monumento à Independência, em São Paulo.

Maria Leopoldina foi a primeira mulher a ocupar o cargo de imperatriz na América Latina e recebeu o título de \”Defensora Perpétua do Brasil\” pelo seu papel na independência. Ela também foi avó da princesa Isabel e da princesa Leopoldina do Brasil. Apesar da sua importância na história brasileira, Leopoldina teve seu papel diminuído nas gerações seguintes e foi ofuscada pela imagem de D. Pedro I e de sua segunda esposa, Amélia de Leuchtenberg.

Maria Leopoldina foi uma mulher culta, inteligente e corajosa, que contribuiu para a formação do Brasil como nação independente. Ela merece ser reconhecida e valorizada como uma das grandes personagens da nossa história.`

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