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A força, a coragem e a sensibilidade de Frida Kahlo, uma pintora à frente do seu tempo

Frida Kahlo foi uma das mais importantes e influentes artistas do século XX. Nascida no México em 1907, ela viveu uma vida marcada por desafios, sofrimentos e paixões, que se refletiram em suas obras de arte. Conhecida por seus autorretratos e pinturas inspiradas na cultura popular mexicana, Frida Kahlo expressou em suas telas sua identidade, sua visão de mundo e suas emoções mais profundas.

A infância e a juventude de Frida foram afetadas por duas tragédias: a poliomielite, que contraiu aos seis anos e deixou sequelas em uma de suas pernas, e um grave acidente de carro, que sofreu aos 18 anos e lhe causou múltiplas fraturas e perfurações no corpo. Por causa do acidente, Frida teve que passar por mais de 30 cirurgias e ficou impossibilitada de ter filhos. Foi nesse período de recuperação que ela começou a pintar, usando um cavalete adaptado à sua cama e um espelho para se retratar.

Em 1929, Frida casou-se com o muralista Diego Rivera, com quem teve um relacionamento turbulento e cheio de traições. Apesar das infidelidades de ambos os lados, eles se amavam profundamente e se apoiavam mutuamente em suas carreiras artísticas. Frida acompanhou Diego em suas viagens pelos Estados Unidos e pela Europa, onde conheceu outros artistas famosos, como Pablo Picasso e André Breton. Este último a considerava uma surrealista, mas Frida negava esse rótulo, dizendo que ela pintava sua própria realidade.

Frida Kahlo foi uma mulher à frente de seu tempo, que não se conformava com os padrões impostos pela sociedade. Ela se vestia com roupas típicas mexicanas, que valorizavam sua origem mestiça e escondiam suas deficiências físicas. Ela também se envolveu com causas políticas e sociais, sendo filiada ao Partido Comunista Mexicano e defensora dos direitos das mulheres e dos indígenas. Ela teve amantes de ambos os sexos, entre eles o revolucionário Leon Trotsky e a cantora Chavela Vargas.

A obra de Frida Kahlo é considerada um patrimônio da humanidade e uma fonte de inspiração para muitas pessoas. Suas pinturas revelam sua força, sua coragem e sua sensibilidade diante das adversidades da vida. Ela transformou sua dor em arte, criando imagens poderosas e simbólicas que retratam sua história pessoal e coletiva. Frida morreu em 1954, aos 47 anos, deixando um legado artístico e cultural incomparável.

Existem algumas opções para ver as obras de Frida Kahlo, dependendo de onde você está e do que você prefere. Uma delas é acessar o Google Arts & Culture, que disponibiliza um acervo online com mais de 800 obras da artista, incluindo pinturas, cartas, retratos e fotografias. Você pode explorar a vida e o trabalho de Frida de forma interativa e gratuita.

Outra opção é visitar o Museu Frida Kahlo, também conhecido como Casa Azul, que fica em Coyoacán, no México. Lá você pode conhecer a casa onde Frida nasceu, cresceu e morreu, além de ver alguns objetos pessoais e pinturas dela. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30, e os ingressos custam entre 100 e 200 pesos mexicanos.

Se você tiver a oportunidade de viajar pelo mundo, também pode encontrar as obras de Frida em outros museus, como o Museu de Arte Moderna de Nova York, o Museu Nacional de Arte da Cidade do México, o Museu Dolores Olmedo Patiño no México, o Museu de Arte Latino-Americana de Long Beach na Califórnia, entre outros. Em 2007, por ocasião do centenário de seu nascimento, foi realizada uma grande exposição de suas pinturas no Palácio de Belas Artes do México, reunindo obras vindas de vários lugares.

O valor das obras de Frida Kahlo varia de acordo com o mercado de arte e a demanda dos colecionadores. Segundo as fontes consultadas, os valores mais altos alcançados por algumas das suas obras em leilões foram:

 

 

As Duas Fridas (1939): Um autorretrato duplo que mostra duas versões de Frida, uma vestida com um traje tradicional mexicano e outra com um vestido europeu. Elas estão ligadas pelo coração e pelas mãos, representando a dualidade da sua identidade e o seu conflito emocional após o divórcio de Diego Rivera.

Valor da  Obra: Não foi vendida em leilão, mas está avaliada em cerca de US$ 20 milhões.

 

A Coluna Partida (1944): Uma pintura que expressa a dor física e psicológica que Frida sofria por causa de um grave acidente que sofreu aos 18 anos e que a deixou com sequelas permanentes. Ela aparece nua, com o corpo perfurado por pregos e sustentado por uma coluna grega quebrada, simbolizando a sua coluna vertebral fraturada. Ela usa um espartilho metálico que teve que usar após uma cirurgia na coluna.

Valor da Ora: Não foi vendida em leilão, mas está avaliada em cerca de US$ 15 milhões.

 

Hospital Henry Ford (1932): Uma pintura que retrata o aborto espontâneo que Frida sofreu em um hospital em Detroit, nos Estados Unidos. Ela se mostra deitada em uma cama de hospital, sangrando e cercada por objetos que flutuam no ar, como um feto, um caracol, uma pélvis, uma flor e um espartilho ortopédico. A pintura revela a angústia e a solidão de Frida diante da perda do seu filho e da impossibilidade de ser mãe.

Valor da Obra: Foi vendida por US$ 1,4 milhão em 1990 na Sotheby’s.

 

Diego e Eu (1949): Um autorretrato que mostra o rosto de Frida com uma lágrima escorrendo pelo olho esquerdo e o rosto de Diego Rivera refletido na sua testa. A pintura representa o amor obsessivo e sofrido que Frida sentia por Diego, que a traía constantemente com outras mulheres. Frida demonstra a sua dependência emocional e a sua submissão ao marido, que ocupa o centro da sua mente.

Valor da Obra: Foi vendida por US$ 34,9 milhões em 2021 na Sotheby’s, estabelecendo um recorde absoluto para uma obra da pintora e para um artista latino-americano.

 

Viva la Vida (1954): Uma das últimas pinturas de Frida antes da sua morte, feita poucos dias depois de ter tido a perna direita amputada por causa de uma gangrena. Ela mostra quatro melancias cortadas sobre uma mesa, com as sementes pretas contrastando com a polpa vermelha. Na melancia do canto, Frida escreveu  “Viva la Vida – Coyoacán 1954 – México”. A pintura é uma celebração da vida e da morte, da alegria e da tristeza, da esperança e da resignação.

Valor da Obra:  Foi vendida por US$ 5,6 milhões em 2000 na Christie’s.

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