O Pará, que é a principal fonte energia (e principalmente de fonte hídrica, antigamente considerada a mais barata e a mais limpa do país), já ficou para trás da compreensão e domínio do novo salto no uso de energia, que ocorre há muito tempo, à sombra da COP 30, cuja essência é metamorfosear a sede do acontecimento com um objetivo básico: demonstrar que ela pensa sobre o desenvolvimento mais sustentável. Nem nela nem no restante do grande Estado.
Fora da cobertura cotidiano dos fatos, o que vejo é a ocupação da liderança do encontro internacional de novembro por instituições públicas e privadas, sobretudo as estrangeiras e de São Paulo. Hoje, enquanto a chuva constante nos lembrava que estamos vivendo a nova transição enérgica mundial, perdemos as oportunidades do primeiro e do segundo choques do petróleo, em 1973, quando começou um novo ciclo econômico, resultado de uma combinação de energia abundante (que encareceu exageradamente menos pelo “fato amazônico” do que por uma corrupção desenfreada e nã o revelada).
Se não houvesse corrupção, a hidrelétrica, a primeira das quatro usinas, com potencial máximo, no auge da cheia dos rios, de 30 mil megawatts. A corrupção foi calculada por Eliezer Batista em 2 bilhões de dólares. Numa atualização subestimada, seriam mais de 10 bilhões de reais. Todos sabem quem é Eliezer. A mais importante mina de Carajás, a S11-D, leva o seu nome. Merecidamente. Assim, a energia hidrelétrica se encareceu, sem falar em ajustes e ‘Inovações” de engenharia. E há ainda as extensas linhas de transmissão, agora sob o controle dos chineses.
Uma iniciativa de atualização na questão ocorre em São Paulo. Visando “assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos”. O evento foi organizado pelo Programa Ano Sabático do IEA, com apoio do Operador Nacional do Sistema (ONS) e do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (Cear/UFPB).
“O Brasil é um grande celeiro de energias renováveis, com um setor altamente pujante na economia e pode, em pouco tempo, ser o grande protagonista global da transição energética, com papel cada vez mais relevante na geopolítica de sustentabilidade e de combate ao aquecimento global”, comenta, em press release, Camila Ramos, executivo da CELA.
A CELA (Clean Energy Latin America) se apresenta como “uma butique de investimentos que presta assessoria financeira e consultoria estratégica a empresas e investidores do setor de energia renovável na América Latina. É especializada nos setores de energia eólica, solar fotovoltaica, armazenamento de energia e hidrogênio verde. Trabalha com planos de negócios, a análise de viabilidade de projetos, captação de recursos, M&A, project finance estruturação financeira de PPAs no mercado livre e regulado”.
Quando a COP 30 começar, as cartas já estarão distribuídas. Mas o governo garante fantasias e rojões, no velho estilo dos novos políticos.
A imagem que abre este artigo é reproduzida do Instagram da @cela_clean_energy_latinamerica e mostra a reunião na Fiesp da Comissão Especial para Estudo, Avaliação e Acompanhamento das Iniciativas e Medidas Adotadas para Transição Energética – Fontes Renováveis e Produção de Hidrogênio Verde no Brasil, da Câmara dos Deputados, e os representantes do “Pacto Brasileiro do Hidrogênio Renovável”, para debater o papel das políticas públicas na descarbonização das atividades econômicas. O evento aconteceu na sede da FIESP, em São Paulo no dia 11 de agosto de 2024, e foi organizado pelo deputado federal Arnaldo Jardim, que comanda a Comissão, e pelo diretor da FIESP e presidente da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk. A vice-presidente de Investimento e Hidrogênio Verde da ABSOLAR, e CEO da CELA, Camila Ramos, participou de uma mesa redonda.
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