A NASA escolheu a companhia que será a principal responsável pelo processo de encerramento das atividades da Estação Espacial Internacional (ou ISS, na sigla original). A empresa privada selecionada é a SpaceX, fundada pelo bilionário Elon Musk.
A companhia será responsável por tirar a ISS de órbita em segurança em 2030, quando a chamada “vida operacional” da estação chega ao fim. A estrutura está em pleno funcionamento desde 1998, sob o comando conjunto de agências espaciais de Estados Unidos, Canadá, Japão, Europa e Rússia.
Ao todo, a empresa fechou um contrato de US$ 843 milhões para cuidar de todo o processo, com supervisão da NASA.
A SpaceX já foi responsável por outras missões da agência norte-americana e também já levou tanto astronautas quanto turistas para a estação. Além disso, em 2020, as duas entidades conseguiram com sucesso levar astronautas norte-americanos para o espaço pela primeira vez desde 2011 em um lançamento feito nos EUA.
A “aposentadoria” da ISS
O processo de descontinuar a ISS envolve a construção de um veículo espacial para tirar a estrutura da posição atual e impedir que ela caia em qualquer local habitado da Terra. A ideia é que toda a estação seja destruída de propósito em um local como o meio de um oceano.
O veículo a ser construído se chama U.S. Deorbit Vehicle, mas ainda não teve o design oficializado. Depois da missão, a NASA terá direito a assumir o controle da nave da SpaceX para futuras operações.
Durante alguns anos, as agências espaciais estudaram outras possibilidades envolvendo o fim das atividades da ISS. As alternativas incluíam desmontá-la devagar, mas questões de custo e logística foram levados em conta.
A Rússia deixará de colaborar oficialmente com a estação em 2028 e, dois anos depois, as demais agências também encerram o contrato de parceria. A aliança ainda pode ser ampliada por tempo indeterminado, mas negociações seguem em andamento e são consideradas difíceis.
Vida longa e próspera
Ao longo das décadas de operação, a ISS abrigou cientistas e militares de várias partes do mundo. Eles já realizaram mais de 3,3 mil missões e estudos dos mais variados campos da ciência, incluindo pesquisas para saber o comportamento de determinados materiais ou objetos no espaço.
Apesar da importância para a ciência, a ISS é também polêmica por ser uma das grandes responsáveis pela presença de lixo espacial na órbita da Terra.
Em novembro de 1998, o Módulo de Controle Zarya foi o primeiro componente do projeto a chegar à órbita do planeta. Com o passar dos anos, outros módulos foram acoplados, aumentando as instalações. Ao todo, a ISS é composta hoje de uma estrutura com cerca de 110 metros de comprimento e 419 toneladas.
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