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Rio Negro está próximo de alcançar cota de inundação severa

Rio Negro está próximo de alcançar cota de inundação severa

Cheia do Rio Amazonas. Foto: divulgação

O Rio Negro, em Manaus, alcançou a marca de 28,91 metros e está a 9 centímetros de bater a cota de inundação severa, de 29 metros. O nível foi registrado pela medição do Porto de Manaus nesta quarta-feira (18).

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Embora a cheia deste ano seja considerada de grande impacto, a projeção do Serviço Geológico do Brasil (SGB) é de que a marca histórica de 30,02 metros não seja atingida, conforme o 3º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas de 2025, divulgado pelo órgão, no último dia 30.

Leia também: Documentário ‘Manaus Extrema’ mostra detalhes sobre a seca do Rio Negro em 2023

Cheia do Rio Negro em Manaus. Foto: Alberto César Araújo/Amazonia Real

De acordo com o SGB, o monitoramento do Rio Negro é feito com base em cotas de medição, tomando como referência a cheia recorde de 2021. Veja a classificação:

  • Cota máxima registrada (2021): 30,02m
  • Inundação severa: 29,00m
  • Inundação: 27,50m
  • Alerta: 27,00m

De 1º a 18 de junho, o Rio Negro subiu 31 centímetros, uma média de 1,7 centímetros por dia; confira o gráfico abaixo:

Em 2024, o Rio Negro registrou o nível mais baixo da história: 12,11 metros. A seca afetou duramente comunidades ribeirinhas, isolou áreas e impactou milhares de pessoas. Agora, o cenário se inverte, com a cheia gerando novas preocupações.

No bairro Educandos, na Zona Sul de Manaus, moradores cobram a construção de pontes de madeira para garantir o acesso às casas, especialmente nas áreas mais afetadas pelos alagamentos.

A aposentada Francisca de Alencar, que mora com a família na região, relata que a parte inferior da casa onde mora já foi completamente inundada pela água contaminada que vem do igarapé.

“Alagou porque choveu e ai quando chove vai enchendo. Ainda ta enchendo, não muito, mas está”, afirmou.

Leia também: Saiba quais foram as maiores vazantes do Rio Negro em Manaus

A cheia ainda avança em outros municípios do Amazonas. Em Itacoatiara, o nível do Rio Amazonas permanece acima da cota de inundação severa (14,20 metros), segundo o SGB. Na medição mais recente, feita na terça-feira (17), o rio estava marcando 14,43 metros, ficando a 1,7 metros da cota histórica de 15,20 metros, registrada em 2021.

Lixo e água no entorno de casas no bairro Educandos, em Manaus. — Foto: Marcelo Dutra/Rede Amazônica

Em Anamã, 100% do território da cidade está alagado, segundo a Defesa Civil. Nesta quarta-feira, o Rio Solimões marca 17,07 metros.

Por lá, moradores transforaram as ruas inundadas em balneários improvisados. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra adultos e crianças tomando banho, interagindo com animais, dançando e navegando em botes.

Apesar disto, a enchente na cidade acende um alerta para possíveis doenças causadas pela contaminação nas águas.

Confira as previsões da SGB para os municípios:

  • Previsão: 19,47m (entre 18,66 e 20,29m)
  • 98% de chance de atingir cota de inundação (18,20m)
  • 42% para inundação severa (19,60m)
  • Probabilidade inferior a 1% de superar a máxima de 20,86m (2021)

📍 Itacoatiara (Rio Amazonas):

  • Previsão: 14,33m (entre 13,67 e 14,98m)
  • 76% de atingir a cota de inundação (14,00m)
  • 61% de atingir a cota severa (14,20m)
  • 3% de superar a máxima de 15,20m (2021)

📍 Parintins (Rio Amazonas):

  • Previsão: 8,48m (entre 7,97 e 8,99m)
  • 56% de atingir cota de inundação (8,43m)
  • 2% de atingir cota severa (9,30m)
  • Probabilidade inferior a 0,5% de superar a máxima de 9,47m (2021)

A cheia dos rios no Amazonas já atinge mais de 420 mil pessoas, segundo o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado na terça-feira (17). Os afetados enfrentam dificuldades de locomoção, perdas na produção rural e inundações em suas casas.

Cheia do Rio Amazonas. Foto: divulgação

➡️ O consolidado também indica que 38 dos 62 municípios do Amazonas estão em situação de emergência devido ao fenômeno.

Confira os municípios em situação de emergência pela cheia no Amazonas:

  1. Guajará – Rio Juruá;
  2. Ipixuna – Rio Juruá;
  3. Itamarati – Rio Juruá;
  4. Eirunepé – Rio Juruá;
  5. Juruá – Rio Juruá;
  6. Carauari – Rio Juruá;
  7. Boca do Acre – Rio Purus;
  8. Borba – Rio Madeira;
  9. Nova Olinda do Norte – Rio Madeira;
  10. Apuí – Rio Madeira;
  11. Humaitá – Rio Madeira;
  12. Manicoré – Rio Madeira;
  13. Novo Aripuanã – Rio Madeira;
  14. Atalaia do Norte – Rio Solimões;
  15. Benjamin Constant – Rio Solimões;
  16. Santo Antônio do Içá – Rio Solimões;
  17. Tonantins – Rio Solimões;
  18. Amaturá – Rio Solimões;
  19. Fonte Boa – Rio Solimões;
  20. Maraã – Rio Solimões;
  21. São Paulo de Olivença – Rio Solimões;
  22. Japurá – Rio Solimões;
  23. Tefé – Rio Solimões;
  24. Coari – Rio Solimões;
  25. Jutaí – Rio Solimões;
  26. Careiro da Várzea – Rio Solimões;
  27. Caapiranga – Rio Solimões;
  28. Manaquiri – Rio Solimões;
  29. Anamã – Rio Solimões;
  30. Careiro – Rio Solimões;
  31. Anori – Rio Solimões;
  32. Caapiranga – Rio Solimões;
  33. Itacoatiara – Rio Negro;
  34. Itapiranga – Rio Negro;
  35. Boa Vista dos Ramos – Rio Negro;
  36. Santa Isabel do Rio Negro – Rio Negro;
  37. Manacapuru – Rio Solimões
  38. Uarini – Rio Solimões

Além dos municípios em emergência:

  • 20 estão em estado de alerta;
  • Lábrea em estado de atenção;
  • e três em normalidade.

*Por Lucas Macedo, g1 AM — Manaus

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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