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Novo antídoto para picadas de viúva negra usa anticorpos humanos e pode ser mais eficaz

Cientistas da Universidade Técnica de Braunschweig, na Alemanha, desenvolveram um novo tipo de antídoto para picadas de aranhas viúva negra. De acordo com os estudos, o medicamento utiliza anticorpos humanos para mitigar os efeitos das toxinas dolorosas dos aracnídeos. O novo tratamento promete ser mais efetivo do que os antídotos existentes, mas ainda precisará de mais testes até estar disponível para pacientes.

As viúvas negras europeias são criaturas especialmente perigosas, pois injetam uma perigosa toxina chamada alfa-latrotoxina ao morderem suas vítimas. Essa toxina ataca o sistema nervoso e pode desencadear uma condição chamada latrodectismo, que causa imensas dores no corpo, dores de cabeça e náuseas. Sem tratamento adequado, a condição pode ser fatal.

Criação de um novo antídoto

Novo antídoto para picadas de viúvas negras europeias é feito com anticorpos humanos. (Fonte: Getty Images)

Segundo os dados coletados pelos investigadores, indivíduos mordidos por uma viúva negra europeia normalmente recebem analgésicos, como opioides e benzodiazepínicos, para tratar seus sintomas. Além disso, essas pessoas podem receber um antídoto feito com anticorpos extraídos de cavalos injetados com alfa-latrotoxina e desenvolveram imunidade.

Uma vez injetados no corpo humano, os anticorpos de cavalo ajudam a fortalecer a resposta imunológica e combater os efeitos do veneno no sistema nervoso. Porém, como o antídoto tem origem animal, ele também pode ser reconhecido como um “corpo estranho” pelo nosso sistema imunológico. Em pequenos casos, isso pode desencadear reações alérgicas potencialmente fatais.

Para evitar esses problemas, os pesquisadores procuraram anticorpos humanos gerados em laboratório — todos eles tendo a alfa-latrotoxina como alvo. Como os novos componentes contêm componentes exclusivamente humanos, eles não desencadeariam respostas imunológicas perigosas e, portanto, seriam mais eficientes no combate as mordidas de uma viúva negra.

Expectativa para o futuro

Novo antídoto pode demorar mais de uma década até ser oficialmente aprovado. (Fonte: GettyImages)
Novo antídoto pode demorar mais de uma década até ser oficialmente aprovado. (Fonte: Getty Images)

Até o momento, o novo antídoto só foi testado em laboratório. Porém, a expectativa dos investigadores é que mais testes poderiam eventualmente fornecer aos pacientes um novo antídoto mais seguro e eficaz. Para esse novo tratamento, os pesquisadores testaram mais de 10 bilhões de anticorpos diferentes em laboratório para determinar se algum deles era capaz de se ligar e neutralizar a alfa-latrotoxina.

Ao todo, eles identificaram 45 anticorpos humanos com essa função, sobretudo um chamado MRU44-4-A1 — que mostrou níveis extraordinários de neutralização da toxina. Embora os anticorpos recentemente produzidos pareçam funcionar para a toxina L. tredecimguttatus, encontrada em aranhas na região do Mediterrâneo, a equipe descobriu que apenas dois anticorpos eram eficazes contra o veneno L. mactans, produzido pelas viúvas negras da América do Norte.

Por esse e outros motivos, pode levar anos até que o novo antídoto para picadas de viúvas negras chegue ao mercado. Afinal, seriam necessários alguns anos de investigação para testar sua segurança e eficácia em células de animais. Depois, esses resultados precisariam ser replicados em ensaios clínicos com humanos, o que poderia levar mais 10 anos. Sendo assim, por mais animadora que a pesquisa seja, ainda precisamos ter um pouco de paciência. 

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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