A energia ficou mais cara para todos os brasileiros, a partir deste mês, em função da bandeira vermelha. A bandeira voltou às contas de consumo porque a alternativa, as termelétricas, é mais cara. Já foi detectada também uma queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Mas não é só isso. O governo provavelmente terá que reduzir a oferta de energia nos momentos de maior consumo, entre o fim de tarde e à noite. Afora os cortes obrigatórios de geração, começa a haver um déficit no vasto Sistema Interligado Nacional.
Não por coincidência, para aliviar o panorama, entrou em operação um reforço através do bipolo de Xingu, onde está a hidrelétrica de Belo Monte, a maior usina totalmente nacional. A dona dessa segunda linha, como da primeira, é a chinesa State Grid. Os 1,8 GW de capacidade de escoamento de energia irão para o Sudeste, naturalmente.
Situação semelhante no passado, que resultou em apagões por todo país, fulminou a popularidade do governo de Fernando Henrique Cardoso.
Não parece
A China Merchants Port Holding Company é a maior operadora de portos públicos da China. Desde 2018 controla da empresa TCP, que administra o terminal de contêineres de Paranaguá, no Paraná. Acaba de concluir a implantação de uma tecnologia operacional por ela desenvolvida, de padrão global.
Alguns analistas garantem que a China não está mais investindo como antes na infraestrutura dos países da América do Sul. Mas não parece. No Brasil, já é dona das principais linhas de transmissão de energia, transportada das grandes hidrelétricas do país para as regiões Sul e Sudeste.
A imagem que abre este artigo mostra uma linha de transmissão da State Grid (Foto: Reprodução Facebook/State Grid Brasil).
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