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Lampião: o Rei do Cangaço que Virou Lenda

Lampião: o Rei do Cangaço

Lampião foi o apelido de Virgulino Ferreira da Silva, um dos mais famosos e temidos cangaceiros que atuaram no sertão nordestino do Brasil. Ele nasceu em 1898 em Serra Talhada, Pernambuco, em uma família de fazendeiros que tinha conflitos com outros proprietários de terra na região. Ele entrou para o cangaço em 1920, depois que seu pai foi morto por uma emboscada de policiais e inimigos. Ele jurou vingança e se juntou a um grupo de cangaceiros liderado por Sinhô Pereira, que lhe ensinou a arte da guerra e da sobrevivência na caatinga.

Lampião logo se destacou pela sua habilidade com o rifle, que disparava com tanta rapidez e precisão que parecia um lampião aceso nas noites escuras do sertão. Ele impunha o terror e o respeito por onde passava, saqueando fazendas, vilas e cidades, cobrando impostos dos comerciantes e dos coronéis, enfrentando as forças policiais e os volantes, que eram grupos armados contratados para combatê-lo.

Lampião se tornou o líder do cangaço em 1922, depois que Sinhô Pereira se retirou para Goiás. Ele então organizou um bando de cerca de 50 homens, que usavam roupas de couro adornadas com medalhas, chapéus com abas largas e estrelas, lenços coloridos no pescoço e sandálias de sola grossa. Eles também carregavam facas, punhais, cartucheiras e vários tipos de armas de fogo, como rifles, pistolas e metralhadoras. Eles se comunicavam por meio de sinais de fumaça, assobios e códigos secretos. Eles tinham uma rede de informantes e colaboradores, que lhes forneciam comida, água, munição e abrigo. Eles também contavam com a simpatia e a admiração de parte da população sertaneja, que os via como heróis, defensores dos pobres e dos oprimidos.

Lampião conheceu Maria Bonita em 1930, quando ela fugiu de seu marido para se juntar ao bando. Ela foi a primeira mulher a participar do cangaço e se tornou a companheira inseparável de Lampião. Ela lhe deu uma filha, chamada Expedita Ferreira, que nasceu em 1932 e foi criada por parentes fora do cangaço. Maria Bonita influenciou outras mulheres a entrarem para o cangaço, como Dadá, que era casada com Corisco, o braço direito de Lampião. As mulheres cangaceiras tinham os mesmos direitos e deveres dos homens, participando das lutas, dos saques e das fugas.

Lampião teve uma vida cheia de aventuras, perigos e desafios. Ele percorreu vários estados do Nordeste, como Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Ceará. Ele travou batalhas memoráveis contra seus inimigos, como a invasão frustrada à cidade de Mossoró em 1927 e o ataque surpresa à cidade de Piranhas em 1936. Ele também teve encontros históricos com personalidades importantes da época, como o padre Cícero Romão Batista em 1926 e o governador da Bahia Juracy Magalhães em 1931. Ele tentou negociar a paz com as autoridades, mas nunca obteve sucesso. Ele também foi alvo de várias traições, como a de Zé Saturnino, que era seu antigo rival e se tornou seu perseguidor implacável.

Lampião morreu em 1938, em uma emboscada realizada por uma tropa da polícia de Sergipe, comandada pelo tenente João Bezerra e pelo sargento Aniceto Rodrigues da Silva. Eles foram informados por um coiteiro chamado Pedro de Cândido, que era amigo de Lampião, mas que foi subornado pelos policiais. Eles atacaram o bando de Lampião na Grota do Angico, em Poço Redondo, Sergipe, na madrugada do dia 28 de julho. Eles surpreenderam os cangaceiros, que estavam dormindo em suas barracas de lona. Eles dispararam rajadas de metralhadora e granadas, matando Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros. Eles cortaram as cabeças dos mortos e as levaram como troféus, expondo-as em várias cidades do sertão. As cabeças foram depois enviadas para Salvador, onde foram examinadas pela medicina legal e conservadas em formol. Elas ficaram expostas no Museu Antropológico Estácio de Lima até 1969, quando foram finalmente enterradas no cemitério Quinta dos Lázaros.

Lampião foi o maior símbolo do cangaço, um fenômeno social e cultural que marcou a história do Nordeste brasileiro. Ele foi um homem controverso, que inspirou ódio e admiração, medo e respeito, repulsa e fascínio. Ele foi retratado em diversas obras de arte, como livros, filmes, músicas, peças de teatro e pinturas. Ele foi um personagem complexo, que desafiou as leis e as autoridades, que lutou pela sobrevivência e pela liberdade, que amou e odiou com intensidade, que viveu e morreu como um mito.

Origem: conversa com o Bing, 04/06/2023
(1) Lampião (cangaceiro) – Wikipédia, a enciclopédia livre. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lampi%C3%A3o_%28cangaceiro%29.
(2) Lampião – Virgulino Ferreira da Silva – Biografia – InfoEscola. https://www.infoescola.com/biografias/lampiao/.
(3) Lampião: quem foi, objetivos, morte – Mundo Educação. https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/lampiao.htm.
(4) Virgulino Ferreira da Silva – Wikipedia, la enciclopedia libre. https://es.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva.

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