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IA diagnostica crianças com autismo usando imagens dos olhos

IA diagnostica crianças com autismo usando imagens dos olhos

Através de um algoritmo de Inteligência Artificial (IA) de aprendizagem profunda, pesquisadores conseguiram diagnosticar o autismo com 100% de precisão apenas utilizando fotos das retinas de crianças. As descobertas apoiam a utilização da IA como uma ferramenta objetiva de rastreio para o diagnóstico precoce, especialmente quando o acesso a um psiquiatra infantil especializado é limitado.

Segundo os pesquisadores, a retina e o nervo óptico se conectam ao disco óptico na parte posterior do olho. Essa estrutura é uma janela para o cérebro e uma extensão do sistema nervoso central, o que tem sido usado pelos investigadores para acessar de forma fácil e não invasiva o corpo humano para obter informações importantes relacionadas com o cérebro.

IA na medicina

(Fonte: GettyImages)

Recentemente, um estudo feito no Reino Unido já havia criado um meio não invasivo de diagnosticar rapidamente uma concussão, iluminando a retina com um laser seguro para os olhos. Agora, no entanto, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, desenvolveram um método para diagnosticar o transtorno do espectro do autismo (TEA) e a gravidade dos sintomas em crianças usando imagens de retina examinadas por um algoritmo de IA. 

Os cientistas recrutaram 958 participantes com idade média de 7,8 anos e fotografaram suas retinas, gerando um total de 1.890 imagens para análise. Metade dos participantes foi diagnosticado com TEA e metade faziam parte de um grupo de controle de mesma idade e sexo. A gravidade dos sintomas do transtorno foi avaliada usando pontuações dentro do Cronograma de Observação de Diagnóstico de Autismo – Segunda Edição (ADOS-2) e pontuações da Escala de Responsividade Social – Segunda Edição (SRS-2).

O algoritmo de aprendizagem profunda da IA foi treinado usando 85% das imagens da retina e pontuações de testes de gravidade dos sintomas para construir modelos para rastrear os casos de autismo. Os 15% restantes das imagens foram retidos para testes adicionais. A partir disso, os primeiros resultados foram surgindo.

Análise de dados

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Para a triagem do TEA no conjunto de imagens de teste, a IA poderia selecionar as crianças com diagnóstico de autismo dentro de um padrão de estudo. Mesmo quando 95% das áreas menos importantes da imagem foram removidas, como aquelas que não incluem o disco óptico das crianças analisadas, os resultados foram bastante positivos.

“Nossos modelos tiveram desempenho promissor na diferenciação entre TEA e DT (crianças com desenvolvimento típico) usando fotografias da retina, o que implica que as alterações retinianas no TEA podem ter valor potencial como biomarcadores”, afirmaram os pesquisadores em comunicado oficial. Ao todo, o modelo apresentou 100% de eficácia no diagnóstico mesmo quando apenas os 10% da imagem que mostram o disco óptico foram analisados.

Com base nessas descobertas, os investigadores dizem que o modelo baseado em IA pode ser usado como uma ferramenta de triagem objetiva a partir dos 4 anos — a idade mínima dos pacientes testados. Como a retina dos recém-nascidos continua crescendo até essa idade, os resultados podem se mostrar incertos até essa faixa etária. 

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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