Vítima frequente do tráfico de animais silvestres, o papagaio-de-peito-roxo tem ganhado uma nova chance de colorir os céus mineiros através do Projeto Voar. A iniciativa, liderada pelo Waita Instituto de Pesquisa e Conservação, realiza a reabilitação, soltura e monitoramento dessas aves desde 2021. Dezoito papagaios da espécie já foram soltos no município de Dom Joaquim, na região central de Minas Gerais, e um novo grupo está em processo de reabilitação para, em breve, partir também em voo livre.
A ação conta com o apoio local da comunidade que, neste dia 22 de outubro, irá celebrar pela primeira vez o Dia do Papagaio do Peito-Roxo, instituído por lei municipal em junho deste ano. A data será marcada por um evento local organizado com apoio da prefeitura de Dom Joaquim.
Com uma plumagem arroxeada no peito que lhe rendeu o nome, o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) pode ser encontrado na Mata Atlântica, desde o sudeste e sul do Brasil, até o oeste do Paraguai e nordeste argentino. Atualmente a espécie é classificada como Vulnerável ao risco de extinção no Brasil, com uma estimativa de cerca de 8.500 indivíduos na natureza.
O Projeto Voar nasceu nas asas de outro papagaio, o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), uma das aves mais traficadas do país. Através desse trabalho, realizado junto com o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Belo Horizonte, em Minas Gerais, foi possível construir uma metodologia para reabilitação e soltura dos papagaios, agora aplicada também ao ameaçado papagaio-do-peito-roxo.
Apenas entre 1992 e 2012, quando começou o projeto, quase 150 papagaios-de-peito-roxo já haviam sido destinados ao CETAS de Belo Horizonte, a maioria de apreensões do tráfico. Normalmente os papagaios são capturados ainda filhotes e é necessário um longo processo de reabilitação para devolvê-los à natureza.
O Projeto Voar é financiado pelo Loro Parque e realizado em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e o IBAMA e apoio da Fundação Grupo Boticário.




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