O TFFF, sigla em Inglês do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, poderá destinar até 20% dos recursos anuais para manter florestas em terras de indígenas e de comunidades locais, em diversos países.
A proposta foi apresentada na última quarta-feira (16) por Garo Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), num webinário promovido pelo Governo Federal. O evento atraiu mais de 600 participantes mundiais.
Já o assessor internacional do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Francisco de Filippo, estimou que o montante global para esses territórios possa chegar a US$ 800 milhões ao ano, ou cerca de R$ 4,7 bilhões.
De acordo com a mesma fonte do MPI, o valor triplicaria o atualmente destinado a esses territórios globais, que ajudariam a manter cerca da metade das florestas tropicais mais conservadas.
Apresentada na 28ª Conferência das Partes (COP28) da Convenção sobre Mudança do Clima, o Fundo deverá pagar US$ 4 por cada hectare de florestas tropicais comprovadamente conservadas ou restauradas, no ano anterior.
Governos do Brasil e de países como Gana, Colômbia, França, Malásia e Reino Unido esperam fechar uma proposta para captação e pagamento de dinheiro até novembro, na COP30 da Convenção do Clima, em Belém (PA).

Para que o Fundo cumpra os benefícios esperados, precisa arrecadar de início ao menos US$ 125 bilhões, ou pouco mais de R$ 700 bilhões, de fontes como doações, governos e setor privado. São previstos retornos de renda fixa para investidores.
Se entrar em campo, o mecanismo será adicional a iniciativas na linha dos pagamentos por serviços ambientais ou pela redução de emissões de gases de efeito estufa pelo freio no desmate e na degradação florestais.
O TFFF também é apontado como estratégico para que o Brasil zere seu desmatamento ilegal até 2030, como promete o presidente Lula desde a COP26 do Clima, na Escócia, em 2021.
Confira aqui uma nota explicativa sobre o Fundo distribuída durante o webinário.
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