Por Julio Sampaio de Andrade – [email protected]
A pergunta não era esperada, mas não tive dúvidas em responder: pela conscientização.
Inicialmente, pela conscientização de que, sendo a felicidade o principal objetivo do ser humano, deveria ser também o das empresas. Está mais do que provado que a felicidade favorece a produtividade e a realização de negócios, sendo um fator determinante para melhores resultados.
Conscientização de que não é responsabilidade da empresa fazer ninguém feliz, mas que a ela cabe criar condições de bem-estar que envolvem remuneração, benefícios, ambiente etc. Além disso, as empresas podem fazer mais, podem ensinar as pessoas a desenvolverem um modelo mental e a agirem de uma maneira que as aproximem da Felicidade, caso optem por aprender. Isto significa estender a conscientização para líderes e colaboradores.
Sim, a Felicidade precisa ser ensinada. Talvez um dia isto ocorra nas escolas. Pelos estudos já existentes da psicologia positiva e da neurociência, sabe-se que a Felicidade pode e deve ser ensinada. Não apenas para as crianças, mas também para nós, adultos. Interessadas diretamente no assunto, empresas podem hoje cumprir este papel, estimulando que cada um depois faça o seu. Não é sua obrigação, mas podem fazer e se beneficiar com isto.
Para atrair e criar vínculos maiores, no caso com os colaboradores, não é suficiente pensar no curto prazo e em soluções de bem-estar. Também não é criar um clima de “oba-oba”, como se a vida e o mercado fossem eternas brincadeiras. Felicidade não é alienação. Ao contrário, a palavra-chave para a Felicidade é consciência. Uma empresa feliz é uma empresa consciente e isto é capaz de criar vínculos verdadeiros. Mas o que seria uma empresa consciente?
Uma empresa consciente alia foco em resultados com impactos positivos para todos os agentes com quem se relaciona, sejam internos ou externos. Ela exerce os valores que declara possuir, sem contradições, fazendo com que as decisões e escolhas sejam previsíveis e coerentes.
Em uma empresa consciente, da alta direção ao corpo de colaboradores, existe uma compreensão clara de sua missão, a finalidade de sua existência e o que ela tem a contribuir com o bem comum.
Nesta companhia, há um propósito inspirador, capaz de tocar corações e mentes de sua equipe e de se alinhar aos propósitos individuais de cada um, que também são estimulados e valorizados. Há um convite a todos a colocar sentido naquilo que é feito e é oferecido.
A consciência favorece a criação de relações saudáveis, seja entre colegas, clientes, fornecedores e todas as pessoas envolvidas. Uma empresa consciente cuidará particularmente do estilo de liderança que deseja adotar, comunicando e monitorando a sua prática.
Numa empresa consciente, há a definição de metas e objetivos, estimulando o desenvolvimento contínuo. Nas conquistas e realizações, há reconhecimento e comemoração.
Uma empresa é consciente quando o conhecimento é transmitido e disseminado. É estimulado não apenas o conhecimento técnico, mas também os que favorecerão pensamentos e ações positivas.
Uma empresa consciente trata adultos como adultos e não adota atitudes paternalistas que estimulam a dependência e a estagnação.
Uma empresa consciente é capaz de atrair e criar vínculos fortes e duradouros, valorizando pessoas e resultados. Empresas conscientes são empresas potencialmente felizes.
Sobre o autor
Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.
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