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Elaíze Farias, da Amazônia Real, recebe prêmio de direitos humanos internacional

Elaíze Farias, da Amazônia Real, recebe prêmio de direitos humanos internacional
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Cofundadora da agência, a jornalista foi uma das dez pessoas de todo o mundo reconhecida pelo Departamento de Estado americano pela liderança e coragem (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real).


A jornalista Elaíze Farias, cofundadora da Amazônia Real, foi uma das profissionais reconhecidas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos por sua atuação com o Prêmio Anual Global de Defensora dos Direitos Humanos, em cerimônia realizada em Washington nesta quarta-feira (1º). O evento faz parte das comemorações de 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o 25º aniversário da Declaração das Nações Unidas sobre os Defensores dos Direitos Humanos.

De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, os premiados são “dez pessoas de todo o mundo que demonstraram liderança e coragem enquanto promoção e defesa dos direitos humanos e liberdades fundamentais; combater e expor abusos de direitos humanos por parte de governos e empresas; e mobilizar ações para proteger o meio ambiente, melhorar a governança e garantir a responsabilização e o fim da impunidade”.

Natural de Parintins, no Amazonas, Elaíze Farias foi a representante brasileira na premiação, que também reconheceu defensoras e defensores de direitos humanos da África, da Ásia, da América Central e da Europa. Ela foi indicada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil em meados do ano passado. Seu nome foi anunciado como um dos 10 premiados em dezembro de 2022.

A jornalista recebeu convite para participar presencialmente da cerimônia, mas foi impossibilitada de viajar por problemas no voo. Os organizadores a convidaram, então, para receber a premiação por meio de transmissão online, na sede da Amazônia Real, em Manaus. 

Durante a premiação, a atuação de Elaíze foi destacada como repórter que publica as histórias da Amazônia, com temas relacionados à população da região e aos direitos humanos. 

“Foi com surpresa e satisfação que recebi este reconhecimento internacional. Me juntar a outras pessoas que estão na luta em defesa dos direitos humanos e em situações tão adversas é um grande orgulho e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade frente aos grandes desafios civilizatórios. Compartilho com pessoas que me antecederam e divido com os povos indígenas, com as mulheres amazônicas, com a minha família e com meus colegas jornalistas, especialmente com a destemida equipe da Amazônia Real. Aprendo muito com elas e eles”, disse.

Elaíze também ressaltou a importância da solidariedade e da justiça social no exercício do jornalismo. “É imprescindível acabar com o silêncio e com o esquecimento de histórias de vidas vulnerabilizadas. Precisamos olhar com mais comprometimento e empenho as urgências de nosso tempo”, afirmou. 

Jornalista é uma das fundadoras da agência de jornalismo independente Amazônia Real (Foto: Bruno Kelly/Amazôia Real).

Autoridades da Casa Branca, do Congresso dos EUA, da Organização das Nações Unidas (ONU) e de embaixadas participaram da cerimônia. Em pronunciamento, uma das representantes do Departamento de Estado agradeceu pela coragem dos dez premiados. 

“O Departamento de Estado dos Estados Unidos, junto com seus parceiros, trabalha para garantir que os defensores de direitos humanos atuem sem restrições e não tenham medo de algo contra eles ou seus familiares”.

Veja a lista dos demais premiados nesta quarta-feira: Mohammad Nur Khan, de Bangladesh, lidera organizações de direitos humanos há três décadas; Chhim Sithar, de Camboja, lidera o Sindicato de Empregados Khmer; Nino Lomjaria e equipe, da Geórgia, atuou como defensora pública de 2017 a 2022; Rosa Melania Reyes Velásquez, de Honduras, passou décadas lutando contra a violência contra as mulheres; Nasrin Sotoudeh, do Irã, é advogada de direitos humanos e ativista; equipe jurídica dos detidos de Badinan, liderada por Bashdar Hassan, advogado de direitos humanos no Iraque; Mohamed Ely El Her, de Mauritânia, defensor dos direitos de ex-vítimas da escravidão; Ding Jiaxi, da República Popular da China, pioneiro do Movimento do Novo Cidadão, que apoiava candidatos independentes para concorrer às eleições locais; Ekoue David Joseph Dosseh, do Togo, atua na capacitação da sociedade civil togolesa. 

Outros reconhecimentos recentes

A cofundadora da Amazônia Real, Kátia Brasil (Foto: Alberto Céar Araújo/Amazônia Real)

No final de janeiro, Kátia Brasil, cofundadora da Amazônia Real, apareceu como um dos destaques no Ranking dos Jornalistas mais Premiados da Imprensa Brasileira, divulgado pelo Portal dos Jornalistas. Ela é a sexta mais premiada da história na região Norte brasileira. Neste ranking, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, articulista da Amazônia Real, aparece como o mais premiado da região Norte. 

No ano passado, a Amazônia Real foi o único veículo de comunicação do Brasil a ser indicado finalista do  30º Prêmio Anual de Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Em outubro, as jornalistas Elaíze Farias e Kátia Brasil, fundadoras da agência, receberam o Prêmio Vladimir Herzog Especial 2022 e chamaram a atenção em discursos com homenagem e defesa da Amazônia e dos povos da floresta. 

Além disso, a reportagem especial “Rondônia Devastada” recebeu menção honrosa na terceira edição do Prêmio IREE de Jornalismo pela excepcional qualidade do trabalho publicado, segundo a instituição. 

Também em 2022, Kátia Brasil, cofundadora da Amazônia Real, foi finalista da 16ª Edição do Troféu Mulher Imprensa, na categoria “Liderança, diretora de redação ou fundadora de projetos jornalísticos”. Ela também ganhou o Prêmio Especialistas na Categoria Sustentabilidade e Saneamento. 


Para garantir a defesa da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão, a agência de jornalismo independente e investigativa Amazônia Real não recebe recursos públicos, não recebe recursos de pessoas físicas ou jurídicas envolvidas com crime ambiental, trabalho escravo, violação dos direitos humanos e violência contra a mulher. É uma questão de coerência. Por isso, é muito importante as doações das leitoras e dos leitores para produzirmos mais reportagens sobre a realidade da Amazônia. Agradecemos o apoio de todas e todos. Doe aqui.


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