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Conheça as abelhas sem ferrão: as polinizadoras nativas do Brasil

Conheça as abelhas sem ferrão: as polinizadoras nativas do Brasil

As abelhas nativas do Brasil são um grupo diverso e importante de polinizadores, que contribuem para a conservação da biodiversidade e a produção agrícola. Existem mais de 1.500 espécies de abelhas nativas no Brasil, sendo a maioria solitárias. Entre elas, se destacam as abelhas sem ferrão (ASF), que possuem mais de 300 espécies e são criadas em meliponários⁴.

As abelhas sem ferrão são chamadas assim porque possuem um ferrão atrofiado e não conseguem picar. Elas se alimentam do pólen e do néctar que coletam das flores e formam seus ninhos em cavidades de troncos de árvores, pedras ou construções humanas. Elas são muito dependentes da preservação da vegetação nativa e podem morrer se forem retiradas do seu habitat³.

As abelhas sem ferrão produzem méis diferenciados, com características peculiares, que variam de acordo com a espécie e a flora visitada. Esses méis têm sido valorizados pela gastronomia e pela medicina popular, por suas propriedades terapêuticas. Além do mel, as abelhas sem ferrão também produzem cera, própolis, pólen e geoprópolis⁴.

As abelhas sem ferrão são encontradas em diversos biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga, a Amazônia e o Pantanal. Cada região possui suas espécies típicas, que se adaptaram às condições climáticas e aos recursos florais disponíveis. Algumas das espécies mais conhecidas são³⁵:

– Melipona scutellaris: também chamadas de abelha uruçu, uruçu nordestina ou urussu, são conhecidas pelo seu tamanho e por serem abelhas sem ferrão. São típicas do Nordeste do Brasil, onde são exploradas pela meliponicultura. Elas polinizam culturas como abacate, pimentão e pitanga. São consideradas ameaçadas de extinção na Mata Atlântica nordestina.

– Melipona quadrifasciata: também chamadas de mandaçaia, mandassaia ou mandasái, são abelhas robustas e adaptadas às regiões sul e sudeste do país. Elas polinizam culturas como abóbora, pimentão, pimenta-malagueta e tomate.

– Melipona fasciculata: também chamadas de uruçu-cinzenta, tiúba, tiúba-grande ou jandaíra-preta-da-Amazônia, são excelentes produtoras de mel, podendo estocar até 12 litros por colônia. São encontradas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. São importantes na polinização do açaí, berinjela, tomate e urucum.

– Melipona rufiventris: também chamadas de uruçu-amarela, tujuba ou tujuva, são comuns nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, São Paulo e Tocantins. Elas produzem um mel claro e aromático.

– Melipona bicolor: também chamadas de guaraipo ou guarupu, são abelhas nativas da Mata Atlântica do sudeste e sul do Brasil. Elas constroem seus ninhos em ocos de árvores altas e produzem um mel escuro e ácido.

– Tetragonisca angustula: também chamadas de jataí, jataí-da-terra ou jataizinho, são abelhas pequenas e muito ativas. Elas podem ser encontradas em todo o Brasil e em outros países da América Latina. Elas produzem um mel claro e suave.

A criação racional das abelhas sem ferrão é uma atividade que pode trazer benefícios ambientais, sociais e econômicos para os meliponicultores e para a sociedade em geral. Além de gerar renda com a venda dos produtos das abelhas, a meliponicultura também promove a conservação das espécies nativas e dos ecossistemas onde elas vivem⁴.

A meliponicultura também pode ser integrada à agrofloresta, que é um sistema agrícola que combina espécies florestais nativas com culturas alimentares. Esse sistema favorece a diversidade de abelhas e outros polinizadores, que aumentam a produtividade das plantas. Além disso, a agrofloresta contribui para a restauração de áreas degradadas e a recomposição da reserva legal e das áreas de preservação permanente⁴.

As abelhas nativas do Brasil são um patrimônio natural que precisa ser valorizado e protegido. Elas desempenham um papel fundamental na manutenção da vida no planeta e na segurança alimentar da população. Conhecê-las e conservá-las é nosso dever no presente e um compromisso com as próximas gerações.

A.B.E.L.H.A. ¹, a meliponicultura é a criação racional de abelhas sem ferrão (também chamadas de nativas ou indígenas). Além de permitir a produção de diversos tipos de mel, a atividade ainda contribui para a conservação das diferentes espécies de abelhas e para ampliar os serviços de polinização de plantas, inclusive de muitas culturas agrícolas.

Para começar a criar abelhas sem ferrão, você precisa seguir alguns passos²:

– Escolha das espécies: você deve escolher as espécies que são nativas da região onde você mora, pois elas estão adaptadas às condições climáticas e aos recursos florais disponíveis. Você pode consultar uma cartilha da Embrapa que mostra a relação dessas espécies em cada estado.

– Captura: você deve capturar as abelhas sem ferrão sem que haja a destruição dos locais de seus ninhos ou da própria colônia. Uma alternativa é coletar o ninho fazendo um buraco no tronco em que estiver e, em seguida, fechá-lo com resina vegetal. Com a autorização do Ibama, poderão ser usadas caixas-iscas. Sempre há também a opção de adquirir as espécies de criadores licenciados.

– Ninhos: as caixas de criação devem ser espaçadas uma das outras por uma distância mínima de meio metro em prateleiras e um metro e meio em suportes individuais.

– Local: galpões com prateleiras e proteção contra ventos podem ser usados desde que próximos a locais com fonte de água limpa e vegetação sem pulverização de agrotóxicos.

Além disso, você deve se informar sobre as regras do Ibama para o registro dos criatórios e fazer um curso e estudar bastante para que você consiga manter as abelhas saudáveis no quintal da sua casa ou na varanda do seu apartamento. A Embrapa tem um curso on-line somente sobre a criação de abelhas sem ferrão. Veja aqui: https://www.embrapa.br/web/e-campo/cursos/-/curso/criacao-de-abelhas-nativas-sem-ferrao

Segundo o IBAMA ², você deve obter as abelhas sem ferrão por meio de caixas-iscas, capturadas em desmatamentos autorizados pelo Ibama ou compradas de criadores licenciados. Você também deve se inscrever no Cadastro Técnico Federal do Instituto de Meio ambiente e no IBAMA, nos Recursos Naturais Renováveis.

Para encontrar os criadores licenciados na sua região, você pode consultar o site da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do seu estado ³. Lá você pode acessar o Sistema de Gestão de Fauna Urbana (GEFAU), que é uma plataforma que permite o cadastro e o monitoramento dos criadores de abelhas nativas sem ferrão. Você também pode entrar em contato com a secretaria para obter mais informações sobre os criadores cadastrados.

Outra forma de encontrar os criadores licenciados é por meio de associações ou cooperativas de meliponicultores, que podem te orientar sobre a aquisição das abelhas sem ferrão e sobre as normas para a criação. Você pode pesquisar na internet ou nas redes sociais por essas entidades na sua região.

Fonte: conversa com o Bing, 20/05/2023
(1) Abelhas, plantas e agrofloresta – Portal Embrapa. https://www.embrapa.br/meio-ambiente/abelhas-nativas.
(2) Abelhas nativas do Brasil: conheça seis delas! – Ecoa. https://ecoa.org.br/abelhas-nativas-do-brasil/.
(3) Tipos de abelhas: espécies, características e fotos – PeritoAnimal.com.br. https://www.peritoanimal.com.br/tipos-de-abelhas-especies-caracteristicas-e-fotos-22832.html.
(4) . https://bing.com/search?q=Abelhas+nativas+do+Brasil.
(5) Instituto Abelha Nativa. https://www.institutoabelhanativa.org/.

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