A proteção de espécies como carnívoros africanos, tubarões, anfíbios, peixes ornamentais marinhos, pangolins e aves canoras será debatida até sexta (19) pelo Comitê de Animais da Cites, sigla em inglês da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, em Genebra.
O Comitê de Plantas se reuniu de 8 a 12 de Julho, na mesma cidade suíça. Ambos os grupos científicos trabalham com demandas oriundas da 19ª Conferência das Partes da Cites, em 2022, e suas recomendações serão aproveitadas na próxima Conferência das Partes, ano que vem.
Da reunião animal, participam ao menos 76 governos e 88 entidades observadoras, somando 483 pessoas participando das discussões, cuja extensa agenda tem mais de 50 questões a serem abordadas, informa a Assessoria de Comunicação da Cites.
Os pontos incluem atrasos em relatórios sobre o comércio de tubarões, a sustentabilidade das espécies retiradas de alto mar, novas orientações para conservar e comercializar animais selvagens e criados em cativeiro e a redução do risco de zoonoses – doenças passadas de animais para pessoas.
“Os intercâmbios facilitados na reunião fornecerão orientação para que as Partes da Cites elaborem políticas baseadas na ciência que transcenderão fronteiras, culturas e economias, beneficiando tanto as pessoas quanto a natureza”, diz a secretária-Geral da Cites, a panamenha Ivonne Higuero.
No encontro geral da Cites em 2022, foram aprovadas por consenso restrições ao comércio internacional da raia-preta (Potamotrygon leopoldi) e da raia-cururu (Potamotrygon wallacei), ambas espécies exclusivas dos rios amazônicos Xingu e Negro, como mostrou ((o))eco.
A Cites vale globalmente desde 1975 e foi assinada por União Europeia (27 nações) e outros 183 países, incluindo o Brasil. Ela regula o comércio de quase 41 mil diferentes animais e vegetais, dependendo do nível de ameaça. Isso evitaria um comércio excessivo e asseguraria sua conservação.
As espécies são listadas em três anexos, com seres vivos comercializados só em casos excepcionais, como para pesquisas; cuja compra e venda controladas não ameacem sua sobrevivência; e, ainda, com espécies protegidas em ao menos um país que tenha pedido ajuda para controle comercial.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
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