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Caçando monstros sociais com uma câmera

Caçando monstros sociais com uma câmera

Livro João Paulo Guimarães une fotojornalismo e narrativa pessoal para retratar um desigual. “O Caçador de Trolls – Monstros Sociais pelas Lentes de um Fotojornalista” em breve estará disponível para pré-venda. Na Imagem acima trabalhadores do Lixão da Piçarreira, na cidade de Pinheiro, no Maranhão (Foto João Paulo Guimarães).


Manaus (AM) – João Paulo Guimarães, jornalista, escritor e fotojornalista paraense, transformou sua vivência em coberturas fotográficas no livro “O Caçador de Trolls – Monstros Sociais pelas Lentes de um Fotojornalista”, fruto de um trabalho pacientemente desenvolvido ao longo dos últimos anos. A obra foi publicada pela Editora Hortelã e será lançada oficialmente no ano que vem, em São Paulo, mas já está em pré-venda para o Brasil inteiro.

Com prefácio escrito por Juliano Ribeiro Salgado, cineasta responsável por obras como “O Sal da Terra”, o livro mistura fotojornalismo com narrativa pessoal e nasceu de um sonho antigo de João. Ele queria escrever as histórias das viagens, das pessoas que não são ouvidas e dos rostos brasileiros que não são mostrados pela grande mídia. 

Pelas fotografias, o espectador anda com o fotojornalista em aldeias indígenas, rios, estradas e pelas queimadas no Pantanal e na Amazônia. A rotina do fotógrafo vai em busca de registrar histórias como a rotina dos lixões, ou ainda os milhares abandonados nas ruas de São Paulo. Ele divide experiências pessoais de medo e ansiedade em suas andanças.

“O livro é conectado por vários relatos de pautas e coberturas de campo. É o trabalho do fotojornalista e do ser humano que sai de casa e pega a estrada para essas coberturas. Os pensamentos e as reflexões que a gente tem ao se encontrar sozinho no caminho entre cidades. A fotografia é o resultado desses caminhos. Tudo se conecta através dos vários olhares. O olhar pela janela do ônibus é o mesmo olhar através da lente da câmera”, disse João Paulo em entrevista à Amazônia Real.

A rotina de ser jornalista e fotógrafo freelancer trouxe desafios logísticos e emocionais significativos durante a produção do livro, especialmente porque o orçamento é o principal fator determinante para decidir quais histórias serão contadas e quais vozes terão espaço na mídia. São fatores que tornam a prática jornalística não apenas desafiadora, mas também desamparada.

“É cada vez mais difícil concorrer com outros acontecimentos, que fazem com que o assassinato de uma liderança quilombola seja menos importante que um bolsonarista que se explodiu em frente ao STF, por exemplo. Quando não há repercussão isso dói muito. Cada vez mais o trabalho do jornalista está sendo ignorado ou desrespeitado. Cada vez mais somos agredidos e ameaçados”, pontua.

A escolha pelos “trolls” do título tem relação direta com a família de João, já que ele brinca de caçar trolls com a filha quando está em casa. Desse modo, explica para a criança, ainda pequena, que precisa partir porque há muitos trolls para caçar. Mas no livro não há histórias de fantasia. Os trolls, nesse caso, são bastante reais. E estão por toda parte: o troll da fome e da pobreza fotografado nos lixões do Brasil ou o troll do fogo que é alimentado pelo agronegócio.

Mesmo ao trazer relatos e imagens de um Brasil desigual e violento, “O Caçador de Trolls” também oferece inspiração na luta contra as injustiças sociais, por meio de histórias como a do Padre Júlio Lancellotti, dos bombeiros do Pantanal, dos profissionais da linha de frente da saúde e dos indígenas e quilombolas que defendem seus territórios ameaçados.

“Esse tipo de trabalho traz, não só a informação e os dados, que obviamente são necessários para a construção da informação jornalística de qualidade, mas traz também a humanização daqueles que sofrem com o abandono do estado, que morrem através desse descaso e que precisam ter suas vozes e rostos conhecidos pela audiência. Os dados precisam vir acompanhados da representação no contexto da realidade. E essa representação é a fotografia”, observa.

O livro pode ser adquirido neste link. Além disso, 10% do valor das vendas será destinado à Paróquia São Miguel Arcanjo, para auxiliar o trabalho com a população em situação de rua realizado pelo Padre Júlio Lancelotti.

No próximo dia 14 de dezembro, às 19h, o autor realizará uma live para apresentar o livro ao público, com presença de convidados e editores. A exibição pode ser acompanhada pelas redes sociais da Editor Hortelã, neste link.



As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Amazônia Real e são de total responsabilidade do autor.
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