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Amazônia Real recebe Prêmio Chico Mendes

Amazônia Real recebe Prêmio Chico Mendes

Agência de jornalismo independente é uma das organizações escolhidas para ser celebrada como exemplo de continuidade do legado do líder seringueiro. Evento, realizado até 22 de dezembro, tem debates, articulações de jovens e mulheres e atividades culturais. Na imagem acima, a coofundadora da Amazônia Real, Kátia , ao lado de Ângela Mendes e de Caetano Scannavino (Foto: Leno Morais/Comitê Chico Mendes).


Rio Branco (AC) – O líder seringueiro Chico Mendes completaria 79 anos neste 15 de dezembro caso não tivesse sido assassinado, em dezembro de 1988, a tiros de espingarda, no quintal de sua casa. Mais de três décadas depois, no entanto, o líder seringueiro segue como inspiração para várias gerações com a sua luta em defesa da floresta, da Amazônia e da humanidade. 

É essa inspiração que será celebrada na “Semana Chico Mendes 35 anos – Empate de Retomada”, que começou nesta sexta-feira (15) e vai até o dia 22 de dezembro. Na 34ª edição do evento, 35 vozes notáveis são homenageadas pela importância de suas resistências e lutas. 

A Amazônia Real é uma das organizações homenageadas nesta sexta-feira pelo importante papel que desempenha na defesa do , dos direitos humanos e pela promoção de uma Amazônia justa e sustentável. 

A jornalista Kátia Brasil, cofundadora da Amazônia Real, está no Acre para receber a homenagem. Conhecedora da de Chico Mendes desde a década de 1980, ela afirma que é uma honra receber a homenagem em nome da agência de jornalismo. “Sempre acompanhamos as questões de violações de direitos, a defesa da floresta. O legado que o Chico deixou foi lutar. Nunca baixar a cabeça. Sempre lutar e também unir as pessoas em torno da floresta. Tenho a certeza que a gente está no caminho certo para dar a visibilidade que a Amazônia merece”, afirmou.  

Kátia Brasil e Ângela Mendes conversam com o documentarista, jornalista e escritor Edilson Martins (Foto: Leno Morais/Comitê Chico Mendes).

Segundo Ângela Mendes, presidente do comitê e filha de Chico Mendes, os homenageados foram escolhidos por uma comissão especial. “Este ano, quando se completam 35 anos do assassinato, foram escolhidas 35 pessoas, entidades e instituições que de qualquer forma, ao longo do tempo, vêm mantendo vivos os ideias de Chico Mendes”, disse. “Dentro desse espírito, a Amazônia Real foi incluída por seu trabalho de divulgação ambiental e compromisso com a Amazônia e suas populações”.

Maria Nice Costa Machado, secretária das Mulheres da Confederação Nacional dos Seringueiros, é uma das homenageadas e conhece Chico Mendes desde o começo da luta do líder. “Estou aqui para lutar pelas mulheres, para lutar pela Amazônia. Cada vez a gente faz mais, amplia para a juventude”.

Dona Nice, liderança quilombola e quebradeira de coco babaçu (Foto: Robert Coelho/602/TEDxAmazônia).

Ediane Lima, gestora de projetos do Observatório do Marajó, afirma que para a organização é uma honra ser homenageada na Semana Chico Mendes. “A gente se sente honrado pelo convite e pelo reconhecimento de nosso trabalho”. 

Marcos Wesley, fundador do Tapajós de Fato, lembra a importância da liderança de Chico Mendes e diz que fazer parte das homenagens é importante para a trajetória do site de . “Estamos muito felizes com essa premiação”, comentou. 

Caetano Scannavino, do projeto Saúde e Alegria, destaca que um prêmio que vem da base é mais legítimo. “Esse é um dos reconhecimentos mais especiais, justamente porque vem de um movimento, em nome de uma liderança que me inspirou a lutar pela Amazônia e pelos povos da floresta. Ele enxergava lá atrás o que muita gente ainda não enxerga”.

Para o Comitê Chico Mendes, no momento atual há a necessidade de uma luta coletiva devido à emergência da crise climática no Brasil e no mundo. 

Além das homenagens, a Semana Chico Mendes, realizada em Xapuri, Rio Branco, Assis Brasil e Epitaciolândia, tem eventos como discussão sobre o futuro das reservas extrativistas e o legado do seringueiro, caminhada até o túmulo de Chico Mendes, exibição de filme, abertura de exposição, lançamento de livros, debates com mulheres e jovens na floresta, oficinas e sarau cultural. 

Comitê Chico Mendes

Chico Mendes com seu filho Sandino em 1988 (Foto: Miranda Smith/By CC 3.0)

O Comitê Chico Mendes foi criado na noite do assassinato do líder seringueiro por amigos e organizações que buscavam justiça pelo crime cometido. Desde então, o comitê dá continuidade ao trabalho de conservação da floresta e proteção dos direitos dos povos da floresta. A organização atua em questões relacionadas ao meio ambiente, direitos humanos e justiça ambiental. 

“Após um período de acirradas disputas políticas e retrocessos, é tempo de retomar os direitos que nos foram negados numa tentativa de apagamento histórico das nossas culturas e ancestralidades. É tempo de nos conectarmos com nossas raízes para que a Amazônia fale por ela mesma. É tempo de um grande pacto intergeracional para unir todas as vozes num só pensamento”, diz manifesto lançado pelo comitê nos 35 anos da morte de Chico Mendes. (Colaborou Kátia Brasil)

Leia aqui a programação completa e veja a lista de todos os homenageados. 

Casa do Chico Mendes (Foto_Marcelo Dagnoni_CCM/2022).

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Amazônia Real e são de total responsabilidade do autor.
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