No último dia 5, data que marca o Dia da Amazônia – bioma que tem sofrido com as atuais queimadas – houve pelo menos um motivo para comemorar: a criação de uma nova unidade de conservação. A oficialização da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Anacã, em Alta Floresta, no norte de Mato Grosso, quebra o hiato de uma década sem a criação de novas unidades de conservação na Amazônia matogrossense.
A RPPN abrange uma área de 17,8 hectares e já havia sido reconhecida pelo ICMBio em maio deste ano, em decreto no Diário Oficial da União. E na última quinta-feira (5/9), a conquista foi celebrada oficialmente.
A área da nova reserva particular foi adquirida em 2019 pelo proprietário rural José Francisco Pacheco de Camargo Penteado, já com a finalidade de conservação e desenvolvimento do ecoturismo, com destaque para a observação da vida selvagem. Na RPPN podem ser avistadas espécies de primatas ameaçados e endêmicos da Amazônia, como o zogue-zogue-de-mato-grosso, (Plecturocebus grovesi), o macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chamek) e o mico-de- schinaider (Mico schneideri).
“Transformamos toda a área verde da fazenda em um grande corredor ecológico que conecta significativas áreas de remanescentes florestais localizados no entorno da área urbana” conta o proprietário, Fernão Prado.
A criação da RPPN é fruto da participação dos gestores da Fazenda Anacã no projeto de fomentação de novas RPPNs no município, desenvolvido com a Fundação Ecológica Cristalino (FEC), ao Conselho Municipal de Meio Ambiente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Alta Floresta, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e UNEMAT, e contou com apoio técnico da FUNATURA.
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