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ToggleOs estudos da arqueologia são fundamentais para que nós possamos conhecer melhor a nossa própria história. Como seu foco está em compreender civilizações do passado, muito do material utilizado na pesquisa é formado por peças em avançado estado de deterioração e registros históricos incompletos. Por isso, é comum que algumas teorias precisem ser revistas com o tempo.
Abaixo você confere cinco dessas teorias, que podem mudar a maneira como conhecemos nosso passado.
1. A história de Noé foi uma alegoria
A história da Arca de Noé se assemelha com diversas outras narrativas — como a epopeia de Gilgamesh e alguns relatos presentes no Alcorão — que descrevem uma grande enchente que teria atingido toda a Terra. Hoje nós sabemos que uma inundação desse nível teria sido praticamente impossível, porque não existem registros geológicos globais que indiquem algo de tal magnitude.
Porém, pesquisadores sugerem que essas histórias podem ser alegorias de uma severa enchente local na antiga Mesopotâmia, no atual Iraque. Evidências locais indicam possíveis grandes inundações, que teriam causado destruição e longos períodos de enchentes, levando os habitantes a acreditar que todo o mundo estava submerso.
2. Os guerreiros espartanos não eram tão incríveis
A reputação dos espartanos como guerreiros poderosos pode ser mais propaganda de Heródoto e dos próprios espartanos. O estado espartano mantinha uma população maior de hilotas — uma espécie de escravos feita com prisioneiros — e usava o medo para controlá-los. Uma das evidências disso é que os hilotas realizaram diversas revoltas, sendo bem-sucedidos em algumas delas.
Já nas batalhas, os espartanos tinham um histórico de vitórias e derrotas inferior a 50%, indicando que não eram tão formidáveis quanto se acredita. Embora possuíssem uma organização ligeiramente melhor e soldados um pouco acima da média grega, a habilidade individual tinha um impacto limitado.
3. Os Jardins Suspensos não eram da Babilônia
As histórias antigas descrevem os Jardins Suspensos da Babilônia, supostamente construídos pelo rei Nabucodonosor II para sua esposa Amytis, como um oásis exuberante no deserto. Contudo, nenhuma evidência foi encontrada no local da antiga Babilônia, e os registros são posteriores, levando alguns historiadores a considerar a história uma lenda.
Porém, outra linha de pesquisa acredita que os jardins estavam em Nínive, construídos pelo rei Senaqueribe. Evidências arqueológicas em Nínive (no norte do atual Iraque), como restos de aquedutos e obras de arte retratando jardins, apoiam essa teoria, incluindo uma inscrição de Senaqueribe sobre a construção.
4. A Ilíada e a Odisseia foram escritas por uma mulher
A Ilíada e a Odisseia de Homero são obras de grande importância cultural. Porém, sabemos muito pouco sobre sua verdadeira origem. Homero não as escreveu ele mesmo, uma vez que na época as lendas gregas eram transmitidas oralmente. A maior questão para historiadores é quem as transcreveu.
Uma das teorias defendidas pelo historiador Andrew Dalby é que foi uma mulher que escreveu os textos. Ele argumenta que, como a poesia pública era um trabalho masculino, algum rico teria contratado uma mulher para registrar as histórias anonimamente, já que homens não abandonariam suas apresentações ao vivo para tal tarefa.
5. Os primeiros assentamentos humanos
Uma ideia amplamente aceita é que a civilização humana surgiu apenas após o desenvolvimento da agricultura, visto como necessário para formar comunidades. No entanto, descobertas arqueológicas recentes questionam essa teoria, indicando a existência de assentamentos permanentes de caçadores-coletores na região atual de Israel e Jordânia há cerca de 14 mil anos.
Isso pode ser um indício que os humanos formaram comunidades não por necessidade agrícola, mas porque são naturalmente sociais e gostam da companhia uns dos outros, independentemente da gestão eficiente de recursos.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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