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'Peixamin Button'? O curioso peixe que fica 'mais jovem' conforme envelhece

‘Peixamin Button’? O curioso peixe que fica ‘mais jovem’ conforme envelhece

Cinéfilos de plantão com certeza devem se lembrar do filme O Curioso Caso de Benjamin Button. O longa-metragem, estrelado por Brad Pitt, contava a história de um homem que nasceu velho e, com o passar dos anos, passava a rejuvenescer. E mais uma vez podemos dizer que a vida imita a arte… de certa forma.

Afinal, cientistas identificaram que o peixe conhecido como ictiobus pode viver por mais de um século e atingem o pico da vida saudável quando estão na faixa entre os 80 e 90 anos. Com isto em mente, fica o questionamento: o que nós, seres humanos, podemos aprender com esta fantástica descoberta?

Ictiobus, o peixe que “envelhece ao contrário”

Também conhecidos como peixes-búfalos, os ictiobus são um gênero de peixe de água doce nativo das Américas do Norte e Central, sendo encontrados majoritariamente em países como Estados Unidos, Canadá, Guatemala e México. Alguns anos atrás, em 2019, um espécime pescado no Lago Apache, no Arizona, nos EUA, foi analisado e pesquisadores chegaram à conclusão de que o peixe tinha mais de 100 anos. Os resultados da pesquisa foram divulgados na revista Scientific Reports.

Estudo afirma que os peixes-búfalos podem passar dos 100 anos (Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução)

A descoberta fez um barulho e tanto, já que até então se acreditava que os peixes-búfalos viviam por cerca de 25 anos. E algo que tornou a descoberta ainda mais inusitada foi que o espécime analisado nem mesmo era nativo do lago onde foi pescado! Somente em 1918 cerca de 400 peixes do gênero foram transportados de trem até o local, então é possível que diversos membros da geração “original” do Lago Apache ainda estejam nadando por lá hoje em dia.

E o mais legal é que, segundo um estudo também publicado na Scientific Reports em 2021, o ictiobus fica mais forte e saudável quando se aproxima dos 100 anos. Quando alcançam aproximadamente 80 a 90 décadas de vida, estes peixes passam a responder muito melhor a situações de estresse e seu sistema imunológico se torna mais resistente do que o de peixes-búfalos mais jovens.

Os peixes-búfalos e a “fonte da juventude”

Cientistas acreditam que a longevidade da espécie se dê por conta da dificuldade que os ictiobus têm para se reproduzir. São necessárias condições ambientais muito específicas — e ainda majoritariamente desconhecidas — para que a reprodução destes peixes se dê de maneira eficaz.

Assim, para garantir a perpetuação da espécie, estes peixes teriam se adaptado para viver por mais tempo. Ao menos é isto o que afirma Alec Lackmann, líder da equipe de pesquisa que descobriu uma forma mais eficiente de calcular o tempo de vida dos peixes-búfalos.

Até então, o cálculo era feito usando as escamas do animal como parâmetro de medição, mas Lackmann e seu time tiveram uma ideia genial e extraíram as pedras auditivas — ou otólitos — destes peixes, que seguem sendo gerados ao longo da vida do animal. Esta medição oferece resultados mais precisos, pois assim como em troncos de árvores, é possível identificar “anéis” que facilitam o cálculo da idade do peixe-búfalo.

Pesquisadores sugerem que o Ictiobus se adaptou para viver por mais tempo por conta da difícil reprodução da espécie (Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução)
Pesquisadores sugerem que o ictiobus se adaptou para viver por mais tempo para compensar a dificuldade de reprodução da espécie (Imagem: Wikimedia Commons / Reprodução)

Com a confirmação de que os ictiobus não apenas são centenários, mas que esta longevidade pode ser resultado de uma adaptação devido a necessidades bem específicas de reprodução, algumas perguntas ficam no ar. Por exemplo, o podemos aprender com a forma que os peixes-búfalos encontraram de viver por mais tempo? Seria possível replicar isto de alguma forma em seres humanos? Afinal, a busca pela “eterna juventude” é algo recorrente na história da humanidade.

Para Lackmann, ainda é preciso pesquisar muito mais sobre os peixes-búfalos para podermos entender melhor todo esse mecanismo que lhes proporciona vida tão longa e mais saudável quando estão com mais de 80 anos de vida. Para tal, antes de mais nada, é preciso preservar a espécie — que hoje é popularmente utilizada em campeonatos de pescaria, o que pode pôr em risco espécimes mais velhos e, de quebra, impactar no avanço das pesquisas.

Será que um dia encontraremos uma forma de recriar o efeito “Benjamin Button” e rejuvenescer com o passar dos anos?

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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