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ToggleEm 1961, Nova York proibiu oficialmente a prática da tatuagem, tornando ilegal qualquer reprodução de arte permanente no corpo das pessoas da cidade. No entanto, essa restrição não impediu tatuadores de continuarem com seu trabalho, mesmo que ilegalmente. Apenas em 1997 que a proibição de décadas foi finalmente revogada, permitindo com que essa arte florescesse na Big Apple.
Hoje, a cidade é um dos principais polos de tatuagem no mundo. A exposição “Tattooed New York”, em cartaz na Sociedade Histórica de Nova Iorque, explora essa incrível transformação, exibindo mais de 250 objetos, obras de arte, fotografias e documentos que destacam a rica história dessa prática na cidade, revelando como ela evoluiu de um tabu para uma forma de expressão artística respeitada.
As causas da proibição
A razão oficial alegada pelo governo da cidade para a proibição das tatuagens foi o risco de disseminação de doenças infecciosas, após um surto de hepatite B. Contudo, muitos tatuadores desconfiavam de que a proibição fazia parte de uma estratégia de “limpeza” para melhorar a imagem de Nova York para a Feira Mundial de 1964, um evento internacional realizado na cidade.
Além disso, havia relatos relacionando a proibição a prováveis questões pessoais, devido a desentendimentos entre tatuadores e funcionários municipais. Mesmo assim, muitos grupos desenvolveram sua identidade por meio das proibidas artes na pele. Conheça alguns!
As tatuagens dos nativos americanos
(Fonte: FPG/Hulton Archive/Getty Images)
A exposição começa explorando as origens das tatuagens em Nova York, destacando a tribo Haudenosaunee (Iroquois), que acreditava nas propriedades curativas e protetoras das artes na pele. Para os nativos americanos, as gravuras corporais eram mais do que apenas uma forma de arte: eram símbolos de identidade e proteção contra o mal.
A relação dos marinheiros com as tatuagens
Marinheiro sendo tatuado. (Fonte: Wikimedia Commons)
No século XVIII, marinheiros adotaram as tatuagens como uma forma de identificação pessoal. Suas iniciais eram tatuadas na pele e registradas em seus Certificados de Proteção de Marinheiros. Com o passar do tempo, essas artes se tornaram uma parte integrante da cultura dessa profissão.
As tatuagens e as mulheres
Um aspecto muitas vezes esquecido da história da tatuagem é a popularidade dessa arte corporal entre as mulheres. Durante a era vitoriana, damas da alta sociedade convidavam tatuadores para fazerem desenhos discretos em locais facilmente ocultáveis, como pulsos. Assim, a tatuagem tornou-se uma forma de empoderamento para as mulheres, desafiando as normas da sociedade.
Mildred Hull: a pioneira das tatuagens femininas
(Fonte: Archive Photos/Getty Images)
Mildred Hull, considerada a primeira mulher a abrir um estúdio de tatuagem na Bowery, contribuiu para a crescente aceitação dos desenhos corporais entre as mulheres. Ela não apenas tatuava os outros, mas também se tatuava, acumulando mais de 300 artes permanentes pelo corpo. Sua história é um exemplo inspirador de pessoas que desafiaram os estereótipos da época.
Hoje, a tatuagem é uma parte vibrante da cena cultural de Nova York, e a cidade celebra sua diversidade e inovação. Desde os nativos americanos até as mulheres pioneiras, os desenhos corporais têm desempenhado um papel importante na história da Big Apple. A exposição “Tattooed New York” é uma homenagem a essa história rica e multifacetada, destacando como a arte epidérmica evoluiu de uma proibição para uma forma de expressão pessoal e artística profundamente valorizada.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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