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Verme australiano tem 100 bundas — e elas criam vida própria!

Se eu lhe descrevesse uma criatura que tem uma cabeça e mais ou menos 100 bundas, é provável que você imaginasse um alienígena, né? Até porque não existe nada parecido com isso aqui na Terra, certo? Errado!

A criatura descrita mora no mesmo planeta que a gente, naquele país cheio de animais estranhos chamado Austrália. Estamos falando do verme Ramisyllis multicaudata, encontrado nas águas da cidade australiana de Darwin.

O corpo dessa criatura chamou a atenção dos pesquisadores. Eles conseguiram estudar a anatomia interna desse animal e se surpreenderam com o que encontraram.

Por fora, esse verme lembra uma planta ou um fungo. Ele tem ramificações que se parecem com galhos. Dificilmente alguém o olharia e pensaria que essa criatura é um animal — e cada uma dessas ramificações tem um ânus.

O traseiro desse verme cria vida para acasalar

Verme brota como uma planta. Fonte: Divulgação/Universidade Goettingen

Cada nova parte que brota desse verme, como se fosse um estolho de uma planta, contará com um ânus. Mas a estranheza não para por aí. Na época de acasalamento desse animal, essas novas partes criam genitálias e olhos. É como se cada traseiro se tornasse um tipo de cabeça independente. Feita essa transformação, essas novas cabeças nadam livremente pela água.

Estômago sempre vazio

Apesar de ter muitos ânus, esse animal não parece ter um sistema digestivo tão intenso. Os cientistas perceberam que o estômago desse verme parece sempre estar vazio.

Isso faz sentido quando lembramos que ele parasita as esponjas do mar. As esponjas não predam animais grandes, mas filtram a água em busca de plânctons que nadam pelo mar. Então, é possível que o verme roube os nutrientes que as esponjas absorvem dessas refeições.  

O estudo mostrou que a cabeça desse animal fica parasitada dentro da esponja, de forma que o organismo do verme consegue se entrelaçar completamente com o do hospedeiro.

Verme australiano ainda intriga os cientistas

Fonte: Divulgação/Universidade GoettingenFonte: Divulgação/Universidade Goettingen

Apesar de trazerem muitas informações novas sobre a anatomia desse animal, os pesquisadores ainda não conseguiram compreender totalmente o funcionamento de um corpo tão único na natureza.

“No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para compreender completamente como esses animais fascinantes vivem na natureza. Por exemplo, este estudo concluiu que o intestino desses animais pode ser funcional, mas nunca foi visto nenhum vestígio de comida no seu interior e por isso ainda é um mistério como conseguem alimentar os seus enormes corpos ramificados. Outras questões levantadas neste estudo são como a circulação sanguínea e os impulsos nervosos são afetados pelos ramos do corpo.”, disseram os pesquisadores em comunicado à imprensa.

Verme australiano faz parte de grande grupo de animais

O Ramisyllis multicaudata faz parte de um grupo de animais chamado de “família Syllidae Grube, 1850”.

“Poliquetas são anelídeos não-clitelados, em sua maioria marinhos, que apresentam uma grande diversidade de formas e hábitos de vida. Dentre eles, encontram-se os membros da família Syllidae Grube, 1850, composta por poliquetas errantes de pequeno porte, em geral, com poucos milímetros, apenas com algumas raras exceções ultrapassando os 10 cm de comprimento. Atualmente, são apenas conhecidos exemplares marinhos ou no máximo de água salobra com salinidades relativamente altas”, explica o artigo do pesquisador Marcelo Veronesi Fukuda, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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