Empresários de Cambará do Sul, no topo da serra gaúcha e a cerca de 200 km da capital Porto Alegre, protestaram esta semana pela queda no movimento turístico, que se deveria ao valor de ingressos após a concessão de serviços no parque nacional dos Aparados da Serra.
Assim como o vizinho parque nacional da Serra Geral, Aparados teve atividades repassadas à iniciativa privada em outubro de 2021, quando passou a ser cobrado ingresso às reservas federais. O valor é de R$ 97 por pessoa, mais estacionamento, de R$ 20 para carros e R$ 13 para motos.
Isso permite até três acessos em 7 dias aos parques, mas o setor turístico avalia que os valores estão desalinhados ao perfil dos visitantes de atrativos como os cânions Fortaleza e Itaimbezinho, que costumam ficar um fim de semana, conta o jornal Zero Hora.
Numa audiência pública recente no município, a concessionária das unidades de conservação não aceitou reduzir valores de entrada e alegou serem necessárias mais obras de infraestrutura para reduzir um suposto déficit financeiro.
Como ((o))eco mostrou em junho passado, entidades civis criticam o modelo de concessão, pois estaria desvirtuando planos de manejo para lotear parques e outras áreas protegidas com equipamentos para um tipo de turismo descolado de seus objetivos de conservação da natureza.
O cobrado para ingresso nos Aparados da Serra é similar a valores para acesso em parques nacionais como das Cataratas do Iguaçu (PR) – pela mesma concessionária –, e ao previsto para visitantes não regionais ao recém concedido da Chapada dos Guimarães (MT).
Um dos valores mais elevados do país é para entrada ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE), de R$ 358,00 para público geral e de R$ 179,00 para brasileiros, permitindo até 10 dias de permanência, conforme portaria do ICMBio.
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