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Território Quilombola Kalunga: proteção do Cerrado que vem dos antigos

Território Quilombola Kalunga: proteção do Cerrado que vem dos antigos

Situado no norte de Goiás, o Território Quilombola Kalunga, em Cavalcante, faz parte do maior bloco de Cerrado que sobrou no estado. Vizinho ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o território constitui um importante refúgio para proteção não apenas da fauna e flora, mas também do modo de vida tradicional. A rotação de plantios, o uso ancestral do fogo para manejar as áreas de campo nativo e o respeito às plantas como fonte de alimento e remédio, os Kalunga têm uma relação intrínseca com o Cerrado. No quilombo, formado há mais de 200 anos, a vida evoluiu em sintonia com o bioma.

Nas terras Kalungas, que se estendem por 263 mil hectares, o Cerrado mantém 83% da sua cobertura nativa. Um número que contrasta com o resto de Goiás, onde há apenas cerca de 30% do bioma, e com a própria realidade do Cerrado no país, onde a cobertura remanescente é de 49%. Os dados foram levantados a partir da plataforma MapBiomas e divulgados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), conforme detalha reportagem de ((o))eco.

Um dos destaques no território é o manejo do fogo, liderado atualmente por quatro brigadas do PrevFogo/Ibama. As ações de Manejo Integrado do Fogo ajudam a prevenir grandes incêndios e a manter a diversidade dos campos nativos, que evoluíram junto com o fogo. Formadas majoritariamente por Kalungas, as brigadas representam também uma das principais fontes de renda do território.

Para trazer alternativas de renda ao território, no final da década de 90 os quilombolas abriram as portas para o turismo. O fluxo de visitantes mira principalmente atrativos como a Cachoeira de Santa Bárbara, famosa por suas águas cristalinas que reluzem num azul impressionante. O cartão-postal dos Kalunga, mas longe de ser o único, na paisagem emoldurada pelas serras, pontilhada de buritizais, rios e cachoeiras. Em 2022, o território recebeu 29 mil visitantes.

Confira as belezas do território e o trabalho desenvolvido pelas brigadas quilombolas na galeria de fotos a seguir:

Seu Sirilo (à esq.) e seu Zé (à dir.), os dois mais velhos da comunidade. Foto: Duda Menegassi
Sirilo Rosa, com 69 anos, participou da luta pelo reconhecimento do território. Foto: Duda Menegassi
Os buritis, com sua copa característica, indicam a presença de água. Foto: Duda Menegassi
Em menos de duas horas toda área escolhida já havia sido queimada. Foto: Duda Menegassi
Dentro do Território, há 75 brigadistas divididos em 4 brigadas, formadas majoritariamente por quilombolas. Foto: Duda Menegassi

A repórter de ((o))eco viajou para o Território Quilombola Kalunga à convite do Instituto de Pesquisa Ambiental (IPAM) da Amazônia.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
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