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Sônia Guajajara: Lula vai reposicionar Brasil nas discussões globais sobre mudanças climáticas

Sônia Guajajara: Lula vai reposicionar Brasil nas discussões globais sobre mudanças climáticas
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A deputada federal eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP) afirmou que o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai “reposicionar o Brasil” na discussão internacional sobre as mudanças climáticas.

Sônia, que vai integrar a delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2022 (COP27), evento que está em andamento no Egito, concedeu entrevista exclusiva ao Central do Brasil, programa do Brasil de Fato em parceria com a TVT, nesta segunda-feira (7). Ela falou ainda sobre a expectativa do movimento indígena para criação do Ministério dos Povos Originários, anunciado por Lula.

Cotada para assumir a pasta, Sônia afirmou que o assunto ainda está sendo discutido. Ela afirmou que integrantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) se reuniram já na última semana para tratar do tema e aguardam sinalizações mais claras do futuro presidente para entender como deve funcionar a pasta.

Leia mais: Movimentos negro e indígena defendem demarcação de terras e luta contra o racismo na COP27

“A partir dessa definição de como será, se é um ministério que executa ou articula políticas, a gente vai definir o nome [da pessoa titular da pasta]. Primeiro queremos ser convidados para compor equipe de transição, pra gente fazer esse diálogo. Enquanto não houver essa participação indígena na equipe de transição, não dá pra gente dizer ‘sim’ ou ‘não’ a um ministério que a gente não sabe como será”, afirmou durante a entrevista.

A parlamentar eleita disse ainda que, com Lula, o Brasil tende a retomar a liderança das discussões internacionais sobre mudanças climáticas. Porém, para que isso aconteça, destaca que é preciso assumir políticas locais para garantir que as metas propostas sejam atingidas pelo país.

“Uma das principais ações é a redução do desmatamento: zerar o desmatamento no Brasil. Lula tem esse compromisso e também vai ter que assumir esse desafio aqui para alcançar essas metas. Também reduzir as queimadas, que estão crescendo a cada ano. A demarcação das terras indígenas também é uma grande contribuição para redução ou evitar as emissões, então é importante colocar a demarcação [em discussão]. Os territórios indígenas também têm esse papel de contribuição para o equilíbrio climático”, pontuou.

Bancada do cocar

Além de Sônia, mais quatro parlamentares eleitos para a Câmara Federal se declaram indígenas. Ela e Célia Xakriabá (PSOL-MG) chegam ao congresso eleitas após articulação do movimento indígena, e devem trabalhar junto a Juliana Cardoso (PT-SP), que também estreia na Câmara, e o reeleito Paulo Guedes (PT-MG). Além deles, foi eleita Silvia Waiãpi (PL-AP), que se declara bolsonarista e não deve compor a “bancada do cocar”.

“Vamos chegar ali com a prioridade de articular com o Executivo a retomada das demarcações de terra indígenas no Brasil, que foram totalmente paralisadas no governo Bolsonaro por uma decisão política. Nossa bandeira sempre foi e vai continuar sendo a proteção do meio ambiente, a mudança no sistema de produção de alimentos, que hoje tem como base o agronegócio em grande escala, para exportação. Temos toda convicção de que é preciso subsidiar a agricultura familiar para produção de alimentos que a gente verdadeiramente come. E claro, defender direitos e participação das mulheres. Estamos também nessa estatística que amplia a participação das mulheres no parlamento“, complementou.

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