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Salvando pintadas (e bois) em Paragominas

Salvando pintadas (e bois) em Paragominas

O avanço das cidades e do agronegócio sobre florestas e outros ambientes naturais aproxima o gado de onças-pintadas e outras espécies. Tais contatos nem sempre são pacíficos e o felino pode pagar com a vida ao obedecer seus instintos e atacar rebanhos, animais domésticos e, raramente, pessoas.

Um caminho para suavizar a convivência forçada entre o predador nativo e fazendas passa por medidas como informar e treinar produtores, monitorar felinos com armadilhas fotográficas, melhorar o cercamento de fazendas, palestras em escolas, oficinas e exposições públicas. 

“Recebemos várias ideias para lidar com as onças, como usar fogos de artifício, colocar chocalhos nas vacas e inserir um touro na criação para proteger o rebanho. Há 8 meses não temos relatos de gado morto. É gratificante perceber que estamos conservando o ”, diz o fazendeiro Idolan Silveira.

Essa rota para salvar o gado e a onça-pintada (Panthera onca) foi traçada pelo Fauna Sustentável, projeto tocado por Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia, Universidade de Oslo e Hydro, produtora norueguesa de alumínio. 

“O trabalho é trazer a solução para um problema que foi diagnosticado pelos próprios produtores de Paragominas, que informaram que as onças estavam abatendo o gado, trazendo prejuízos para eles”, detalha Iara Ramos, bióloga e doutoranda em Ecologia na UFPA.

Adulto e filhote de onça-pintada captados por armadilha fotográfica numa fazenda em Paragominas (PA). Vídeo: Hydro/Divulgação

Antes das ações disparadas em 2022 nas fazendas, ao menos 15 bois tinham sido predados por onças. Até o momento, não há mais registros desses ataques. O projeto já conta com 24 fazendas e 870 pessoas atendidas. Mas, outros resultados foram colhidos.

As armadilhas fotográficas nos imóveis rurais identificaram outras 19 espécies, como onça-parda (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-mourisco (Puma yagouaroundi), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), irara (Eira barbara), capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) e caititu (Pecari tajacu).

O projeto igualmente mobilizou estudos e investigações acadêmicas, como nas áreas de Biologia e Zootecnia. Ao todo, 26 projetos de pesquisa e 60 artigos científicos foram publicados. Está no forno um primeiro “Guia de Coexistência Humano-Fauna da Amazônia”.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Hydro.



As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
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