Foto: Matheus Castro/Rede Amazônica AM
Os bois-bumbás levam, todos os anos, para a arena do Bumbódromo, elementos regionais, lendas e características típicas da Amazônia. Em 2025, o Boi Caprichoso homenageou as majés: mulheres da floresta no Festival Folclórico de Parintins em sua primeira noite, nesta sexta-feira (27).
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A Rainha do Folclore do Boi Caprichoso, Cleise Simas, foi quem se transformou em uma majé durante sua apresentação. Mas quem são as majés?
O bumbá explica que elas são mulheres da floresta, detentoras de saberes milenares, curadoras e contadoras das histórias do povo e da natureza. São elas que, com gestos, rezas, puxadas e palavras, transmitem sabedoria que brota das raízes da mata e do ventre da própria terra.
Para o ‘Tempo de Retomada’, o Caprichoso as defende como Figura Típica Regional. “Em cada conselho e palavra de afago, em cada costela ‘desmentida’, em cada puxada e repuxada oriunda do conhecimento ancestral e milenar, mora o saber das Majés — as senhoras da cura”, destaca o bumbá azulado.
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“Na primeira noite, ‘AMYIPAGUANA: RETOMADA PELAS LUTAS’, traremos de volta nossas crenças originárias, desfazendo o trabalho do colonizador sobre nossas deidades e sobre nossos povos originários e comunidades tradicionais. É a retomada do “Legislador”, livre da imagem demoníaca imputada por missionários cristãos; é o sopro de cura das majés; é a retomada da verdadeira face da antropofagia: o massacre promovido contra os Tupinambá por Mem de Sá, na chamada “batalha dos nadadores”, também chamada de ‘massacre dos cururupe’”, descreve o Conselho de Arte do Boi Caprichoso na edição de apresentação do projeto de 2025.
O Festival segue até o domingo (29). O Caprichoso abre as duas próximas noites de apresentações.
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