A Polícia Civil de Sergipe prendeu na última quarta-feira, 20 de setembro, um pastor evangélico acusado de estuprar a filha da sua namorada em Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de Aracaju. O nome do suspeito não foi divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Segundo apurou CartaCapital, trata-se do apóstolo Rubens Murilo Miranda Júnior, 40 anos, um dos fundadores da Igreja Apostólica Revelação dos Últimos Tempos na cidade. O pastor era assessor lotado no gabinete do vereador Tiago Azevedo (PSD), líder do governo municipal na Câmara – ele foi exonerado após a prisão.
Procurado, o parlamentar negou ter sido “negligente” por saber das investigações e, ainda assim, não ter demitido o religioso. Azevedo ainda disse que “ninguém pode ser condenado antes do julgamento”.
Além disso, Rubens estava em plena campanha para o cargo de conselheiro tutelar. Procurado pela reportagem, o Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes – órgão responsável pelas eleições para o posto – ainda não se manifestou.
Este é o apóstolo Rubens Murilo Miranda Júnior, 40 anos, acusado de estuprar a filha da sua namorada. O homem estava em plena campanha para o cargo de conselheiro tutelar em Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de Aracaju – Reprodução/Facebook Apóstolo Rubens Miranda
Ele conduzia um veículo com duas mulheres na zona norte da capital sergipana quando foi abordado por policiais da Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis. O abuso sexual contra a adolescente, de acordo com as investigações, teve início há dois anos, quando o homem começou a se relacionar com a mãe da vítima e dormir ocasionalmente na casa dela.
A principal ferramenta para cometer os crimes era o celular. O homem abordava a adolescente com mensagens no WhatsApp e as apagava logo em seguida para não ser descoberto. As conversas registraram declarações de amor e pedidos insistentes para que a vítima deixasse a porta do quarto aberta quando fosse dormir, segundo os investigadores.
“Algumas das mensagens comprometedoras foram ‘printadas’ pela vítima, que denunciou os abusos ao pai no final do mês de julho deste ano. Ao inquérito, também foi anexado um áudio enviado à vítima pelo autor, que reforça o teor dos demais elementos probatórios”, explicou o delegado Paulo Márcio.
O pastor passou por audiência de custódia nesta quinta-feira e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Nossa Senhora do Socorro. Ele responderá pelo crime de estupro de vulnerável, já que a vítima possui menos de 14 anos – a pena prevista é de 8 a 14 anos de detenção.
CartaCapital não localizou a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem e segue tentando contato.
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