Índice
ToggleVocê já parou para pensar sobre qual é proporção entre meninas e meninos que nascem todos os anos? Pois saiba que, por incrível que pareça, essa proporção é de 1 por 1. Na média, nascem a mesma quantidade de pessoas dos dois sexos.
E por que isso acontece — já que, em boa parte dos animais, não é bem assim? Os cientistas sugerem algumas respostas.
O que produz essa proporção?
As hipóteses sobre as razões de por que isso acontece são bem interessantes. A primeira tem caráter espiritual: a providência divina garantiria de que “cada macho teria sua fêmea”. Obviamente, é uma explicação sem nenhum fundamento científico.
Com o tempo, os cientistas descobriram que os cromossomos sexuais são os verdadeiros determinantes do sexo. As fêmeas têm dois cromossomos X; já os machos têm um único X e um Y específico.
O cromossomo Y carrega um gene determinante masculino chamado SRY, que inicia a diferenciação de um grupo de células que vai se tornar um testículo. Quando a pessoa não possui o SRY, aciona-se uma via alternativa que produz um ovário, e o embrião se desenvolve como uma menina.
Ou seja: a proporção igualitária entre os sexos vem da maneira como os cromossomos X e Y são distribuídos no esperma e nos óvulos. Um tipo especial de divisão celular faz com que o espermatozoide e os óvulos tenham apenas um conjunto de cromossomos, de modo que cada óvulo fertilizado novamente tem dois novos conjuntos.
Acontece que cada espermatozoide recebe uma única cópia de cromossomo – X ou Y. Por outro lado, as fêmeas XX produzem óvulos com um único conjunto de cromossomos, todos eles portadores de um X. Aí, quando um espermatozoide fertiliza um óvulo, o cromossomo sexual do espermatozoide vai determinar o sexo do bebê.
A variação sexual em outras espécies
O mais curioso é que essa mesma proporção igualitária não se repete sempre no reino animal. Muitas espécies passam por mutações genéticas que ocasionam a morte preferencialmente de embriões masculinos ou femininos.
Para muitos animais, o desequilíbrio entre os sexos é a norma, e não a exceção. O marsupial Antechinus stuartii, que parece um rato, produz apenas 32% de machos. Nas aves isso também acontece. Com uma pequena ave chamada cucaburra, o segundo filhote que choca geralmente é fêmea e tem uma probabilidade maior de sobreviver.
Então como explicar que os humanos tenham essa proporção de 1 ou 1 tão diferente de outros animais? O estatístico britânico Ronald Fisher propôs uma resposta: uma vez que todo bebê deve ter uma mãe e um pai, se houver deficiência em um sexo, os pais do sexo mais raro terão mais netos do que os pais do sexo mais comum.
Em outras palavras, se dentro de uma família o macho for o sexo mais raro, os pais que por acaso produzem mais filhos do que filhas tendem a deixar mais netos do que aqueles que produzem mais filhas do que filhos. Assim, os genes produtores de filhos receberão um impulso até que a paridade seja alcançada.
Por último, outra possibilidade tem sustentação na cultura: como os humanos tendem a seguir a monogamia, isso pode colocar uma pressão evolutiva adicional para que os humanos se adequem ao princípio de Ronald Fisher. Embora pareça complexo, é, no fundo, uma explicação bem simples.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
Ver post do Autor