Um projeto desenvolvido entre pesquisadores do Instituto Mamirauá, no Amazonas, e da Universidade Politécnica da Catalunha, na Espanha, quer monitorar a biodiversidade amazônica com auxílio de Inteligência Artificial (IA). A iniciativa é uma das finalistas da premiação internacional XPRIZE Rainforest Florestas Tropicais.
Batizado de ‘Providence’, ou Sistema de Monitoramento da Biodiversidade e Vigilância Territorial da Amazônia, o projeto é uma solução tecnológica de monitoramento da biodiversidade baseada em sensores com inteligência artificial.
Por meio de drones, a biodiversidade da Amazônia e de outros biomas pode ser monitorada em um nível inédito de velocidade.
Além de identificar espécies em tempo real e enviar dados remotamente, o sistema garante agilidade na obtenção de informações e auxilia na fiscalização e manutenção da conservação da floresta.
A tecnologia vem sendo desenvolvida há mais de uma década, revela o diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá, Emiliano Ramalho. Ele conta que o projeto já demonstra resultados positivos em uma parte do território amazônico, hoje sendo a primeira área protegida do planeta totalmente monitorada por inteligência artificial.
“Hoje, já conseguimos monitorar inteiramente a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá em tempo real através dessa tecnologia”, diz Emiliano, destacando que um dos objetivos também é ampliar o uso da tecnologia para toda a Amazônia e, posteriormente, em outros biomas.
O XPRIZE Rainforest surgiu em 2019 com o objetivo de reunir especialistas de diferentes áreas para desafiá-los a usar novas tecnologias voltadas a acelerar o monitoramento da biodiversidade tropical.
Este ano, seis finalistas foram selecionados para a disputa pelo prêmio de quase R$ 55 milhões. Na fase final, que ocorre ao longo do mês de julho, os projetos serão testados em comunidades do interior do Amazonas.
Após a etapa final de testes, o resultado do XPRIZE deve ser divulgado somente em agosto. Para Emiliano Ramalho, a premiação será fundamental para implantar a tecnologia em todo o Brasil.
“A ideia, caso a gente vença, é aplicar esse investimento em prol do desenvolvimento da tecnologia para colocá-la para funcionar em outras áreas da Amazônia, implementando ainda o sistema como uma ferramenta nacional de monitoramento que hoje não temos para acompanharmos a biodiversidade e o meio ambiente e auxiliarmos na fiscalização”, conclui.
Cientistas do mundo inteiro se reuniram em Manaus, na quinta-feira (4), para desenvolver e apresentar tecnologias voltadas para mapear o ecossistema de florestas tropicais durante o XPRIZE Rainforest.
A primeira fase do evento, que foi a apresentação dos projetos, aconteceu em um hotel no Centro da capital amazonense.
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