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ToggleNão há dúvida sobre isso: algumas pessoas têm mais habilidades para as atividades físicas do que as outras. Enquanto alguns penam para acertar um novo passo de dança, por exemplo, outros parecem ter imensa facilidade em aprender.
Mas por que isso acontece? Um estudo recente sugere que o segredo para essas habilidades pode estar não no corpo, mas no cérebro.
Por que alguns têm mais facilidade nas atividades físicas?
Um estudo feito por pesquisadores de Engenharia Biomédica da Universidade da Flórida partiu de um experimento interessante. O professor Daniel Ferris e sua orientanda Noelle Jacobsen convocaram pessoas saudáveis como participantes de uma pesquisa na qual elas foram conectadas a eletrodos de monitoramento cerebral.
Em seguida, os pesquisadores as fizeram andar em uma esteira que tinha duas correias se movendo em velocidades diferentes. O aparelho então forçava as pessoas a aprender rapidamente uma nova maneira de andar. Em seguida, eles analisaram a atividade cerebral dos participantes, comparando os melhores voluntários com os mais lentos.
“Noelle conseguiu analisar a atividade cerebral dos melhores alunos em comparação com os alunos lentos e, vejam só, algumas das áreas que eram importantes estavam muito claras em seus cérebros. A maior surpresa para nós foi que o córtex visual estava muito envolvido nas diferenças entre os aprendizes lentos e rápidos. Isso sugere que há algo sobre a informação visual que é essencial para como você está aprendendo a mover seu corpo”, afirmou Ferris.
As constatações do estudo
O córtex visual do cérebro é a área do córtex cerebral que processa as informações visuais. Ou seja, a informação visual aparentemente tem uma forte participação na aquisição de novas habilidades físicas.
Essa constatação pode ajudar a entender melhor a ligação entre os problemas de visão e o aumento dos riscos de queda entre pessoas mais velhas. Ocorre que isso vai além da detecção visual de possíveis lugares que podem causar tropeços. “Se você tiver problemas de visão, poderá ter dificuldades para aprender novas habilidades motoras”, aponta Ferris.
Os pesquisadores constataram mais uma informação interessante: os participantes mais rápidos levaram cerca de um minuto para conseguir se ajustar e desenvolver uma cadência de caminhada confortável na esteira. Enquanto isso, o grupo que aprendeu mais devagar levou, em média, quatro vezes mais tempo.
Isso decorre, conforme mostraram as imagens do cérebro, por conta da ativação das áreas de processamento visual, mas também houve alta atividade nas regiões envolvidas no processamento e planejamento de movimentos musculares, como já era uma hipótese inicial dos cientistas.
Além disso, uma região do cérebro ligada à correção de erros e para a consolidação da memória do medo, conhecida como córtex cingulado anterior, também foi ativada nos participantes para que eles conseguissem se adequar à marcha na esteira. Por isso, aprender um novo movimento também tem a ver com saber como se proteger de possíveis problemas.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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