As cidades são responsáveis por 70% das emissões globais de gases do efeito estufa (GEEs) e utilizam 78% da energia mundial, como mostra o último “World Cities Report” ( Relatório das cidades do mundo), de 2022, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU Habitat). Para além do protagonismo das cidades na contribuição para o aquecimento da Terra, o documento destaca também a importância urbana na mitigação deste fenômeno.
Voltada para esse contexto de cidades no foco central das mudanças climáticas, a campanha “Vote pelo Clima” busca orientar os 155 milhões de eleitores brasileiros a eleger candidatos que estejam alinhados à adaptação e mitigação no meio urbano quando forem às urnas no dia 6 de outubro. Iniciativa da organização Clima de Eleição, a terceira edição da campanha reúne e visibiliza candidaturas às eleições municipais de 2024 que se comprometem com a agenda de justiça climática.
O cadastro dos candidatos é feito diretamente no site da organização por concorrentes de todo o Brasil, de forma gratuita, e deve estar de acordo com os compromissos apresentados pela iniciativa. Cada candidatura pode registrar até três propostas de campanha que dialoguem com as pautas prioritárias da plataforma: transporte e mobilidade, gestão de resíduos, educação climática, direito à cidade, adaptação e redução de desastres, entre outras. Os cadastros passam por uma análise interna para verificar se o registro da pessoa candidata está legal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se acumula alguma infração ambiental e/ou se dissemina discursos antidemocráticos ou de ódio nas redes sociais antes de estarem oficialmente disponíveis para consulta do eleitorado.
O Vote pelo Clima busca garantir que o clima seja considerado em todos os projetos de candidaturas, dando visibilidade e acesso a essas informações para eleitores de todo o Brasil, de acordo com Lucas Louback, coordenador de advocacy do NOSSAS, nova parceira da campanha. “A crise climática tem o potencial de escancarar e agravar os problemas sociais e isso não pode mais ser ignorado pela política brasileira. A plataforma é um esforço da sociedade civil, unindo mobilização e tecnologia, para tornar a pauta climática central no debate de todas as cidades do país”, completou.
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