Foto: Reprodução/Amazon Sat
Originária da Ásia, especialmente da Índia, a Curcuma zerumbet é uma planta exótica que tem ganhado notoriedade tanto por seus usos culinários quanto por suas propriedades medicinais. Embora não seja nativa da Amazônia, segundo a especialista em biotecnologia Márcia Castro, a espécie tem sido cultivada na região principalmente com fins ornamentais e paisagísticos.
Pertencente à mesma família do gengibre e da curcuma tradicional (Curcuma longa), a planta é bastante utilizada na culinária asiática, sobretudo como condimento extraído de seu rizoma. No entanto, seu valor vai muito além da cozinha, pois pesquisadores vêm explorando o potencial farmacológico da Curcuma zerumbet, destacando efeitos anti-inflamatórios, analgésicos, antibacterianos e antioxidantes.
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De acordo com Márcia Castro, estudos laboratoriais indicam que a planta pode ser eficaz no combate a diversas condições de saúde. Ensaios realizados com animais sugerem propriedades antibacterianas e até anticancerígenas. O principal responsável por esses efeitos é a curcumina, um composto bioativo presente em várias espécies da família Zingiberaceae, como o gengibre e outras variedades de cúrcuma.
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Além do rizoma, que é a parte mais utilizada, pesquisas recentes também analisam o potencial do óleo essencial extraído de suas folhas. Márcia destaca que está desenvolvendo estudos sobre a utilização desse óleo, especialmente em aplicações terapêuticas e na indústria alimentícia.
“Estamos testando sua atividade antibacteriana para ser usada em alimentos, garantindo mais segurança contra microrganismos prejudiciais à saúde”, explica.
O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Dr. Carlos Cleomir, afirmou que a espécie vem sendo estudada intensamente por diversos grupos científicos, incluindo o da própria instituição.
“A Curcuma zerumbet, além de ser uma planta usada para fins ornamentais, tem propriedades medicinais que ainda estamos descobrindo”, destacou o pesquisador.
Ele explica que a planta possui componentes fitoquímicos com forte atividade antioxidante, o que pode contribuir para tratamentos de doenças crônicas como diabetes e câncer.
Segundo Cleomir, a planta pertence ao mesmo gênero do gengibre e do açafrão-da-terra é considerada uma especiaria. “No mundo todo existem cerca de 161 espécies de gengibre, e aqui nós trabalhamos com duas ou três espécies, além de algumas espécies de curcuma. Todas essas plantas são consideradas especiarias que vieram da época das grandes navegações e se adaptaram muito bem ao clima da América Latina”, explicou.
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Além do estudo das propriedades naturais da Curcuma zerumbet, os pesquisadores do INPA também estão desenvolvendo protótipos de produtos funcionais com base em seus extratos. “Temos uma patente, registrada por uma aluna, voltada para a produção de um produto para angústia funcional. A ideia é transformar esse conhecimento científico em soluções concretas para a saúde da população”, afirmou o professor.
Os trabalhos caminham desde a fase pré-clínica, com testes em células e animais, até os estudos clínicos em humanos: “É um processo demorado, mas necessário. O que diferencia a pesquisa científica de produtos colocados no mercado sem base científica é justamente a comprovação dos efeitos. Isso garante segurança à população”.
A pesquisa faz parte de um projeto maior que inclui parcerias com empresas, como a Biozé da Amazônia, com o objetivo de desenvolver produtos naturais com eficácia comprovada. “Nosso foco é contribuir com a saúde das pessoas por meio da ciência, com produtos que realmente tragam benefícios e não riscos”, concluiu o Dr. Cleomir.
Ingredientes
Duas colheres de chá de curcuma em pó (para adultos)
Água morna ou quente
Mel (para adoçar)
Modo de preparo
Coloque duas colheres de chá da curcuma em uma xícara ou copo. Se desejar, adicione um pouco de mel para suavizar o sabor. Misture bem. Acrescente a água morna ou quente. Mexa até dissolver completamente o pó. Beba uma vez ao dia. O chá pode ser tomado diariamente.
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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