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Balas Minié. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

O que é uma bala “dum-dum” e por que é tão temida?

Se você já assistiu à franquia de filmes Máquina Mortífera, provavelmente se lembra de uma cena icônica em que Leo Getz, interpretado por Joe Pesci, é atingido por um tiro. O detetive Martin Riggs, vivido por Mel Gibson, faz uma piada ao afirmar que Leo precisará ficar mais tempo no hospital, pois foi atingido por uma bala “dum-dum”.

Apesar de Riggs estar apenas tentando se livrar de Leo, essa fala destaca como esse tipo de munição sempre foi temida. Mas, como as balas “dum-dum” surgiram e por que elas eram tão perigosas?

A evolução da munição

Balas Minié. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Desde que as armas de fogo começaram a ser utilizadas, por volta do século 15, a forma de munição mais comum era a de balas de mosquete, feitas de chumbo sólido, um material acessível, fácil de moldar e, acima de tudo, eficaz em causar danos. Quando essas balas atingiam um alvo, geralmente se deformavam, criando feridas maiores e mais letais.

A partir da década de 1840, a munição começou a passar por uma transformação significativa. Foi nessa época que o coronel Claude-Étienne Minié desenvolveu a famosa bala Minié, com um design cônico e uma cavidade na base.

Esse novo formato facilitou o carregamento e aumentou o alcance das armas, permitindo que soldados disparassem com mais precisão e a maior distância. Contudo, as balas Minié não só feriam os inimigos, mas causavam lesões terríveis.

Em vez de se alojarem nos corpos, muitas vezes passavam por eles, resultando em ossos quebrados e infecções que frequentemente levavam à amputação. Durante a Guerra Civil Americana, cerca de 75% das amputações realizadas foram devido a ferimentos causados por essas balas.

O nascimento da bala “dum-dum”

Por ser uma bala expansiva, a dum-dum causava ferimentos devastadores. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
Por ser uma bala expansiva, a dum-dum causava ferimentos devastadores. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Criada para ser ainda mais devastadora, a bala “dum-dum” foi uma evolução das já temidas balas Minié. Ela foi projetada para explodir ao atingir um alvo, potencializando seu efeito destrutivo. Recebeu esse nome em referência à fábrica de munições na Índia, onde foi desenvolvida durante a década de 1850.

Entretanto, apesar de ser destinada a atingir depósitos de munição inimiga, as balas “dum-dum” começaram a ser usadas contra soldados. Isso levou a uma preocupação crescente com os ferimentos horríveis que essas munições infligiam. Muitos militares e políticos acreditavam que a tecnologia bélica não deveria intensificar o sofrimento humano.

Diante da pressão internacional, em 1868, representantes de 18 países se reuniram em São Petersburgo e assinaram a Declaração de São Petersburgo, que proibia o uso de projéteis explosivos com menos de 400 gramas, o que incluía as balas “dum-dum”.

Posteriormente, a Convenção de Haia, de 1899, reforçou essa visão ao proibir o uso de munições expansivas, reconhecendo seu potencial devastador. Afinal, mesmo em tempos de guerra, é preciso considerar a dignidade e o bem-estar humano.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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