Imagem: Reprodução/ICMBio
Terra do meio. Você já ouviu falar dessa região? Localizada na porção central do sul do estado do Pará, a região é um mosaico ambiental, parte de um vasto território de áreas protegidas. Entre os rios Xingu e Iriri, possui cerca de 8 milhões de hectares, área que equivale a dois estados do tamanho do Rio de Janeiro. É uma das maiores áreas preservadas de floresta amazônica na Amazônia Oriental.
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O nome Terra do Meio surgiu exatamente por sua localização. Ela é formada por um complexo de reservas extrativistas (Resex) – do Rio Iriri, Riozinho do Anfrísio e Rio Xingu -, pela Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, pela Estação Ecológica da Terra do Meio, pelo Parque Nacional da Serra do Pardo e ainda três terras indígenas (Xipaya, Kuruaya e Cachoeira Seca).
Algo de garimpeiros e ocupações, a Terra do Meio já passou por intensos ciclos de exploração, que marcaram sua história: do extrativismo de látex e castanha à corrida do ouro. A região abriga ribeirinhos e indígenas que tem seus modos de vida ameaçados por conta dessas ações, além do processo de implantação de uma rodovia (BR-163).
De acordo com informações da Câmara dos Deputados, “cerca de 20 mil pessoas distribuídas em 125 comunidades vivem na zona rural de Porto de Móz, sobrevivendo de caça, pesca, agricultura familiar, extrativismo e comércio de produtos florestais. Um grande trecho de floresta entre os municípios de Porto de Móz e Prainha, na margem esquerda do Rio Xingu, tornou-se um campo de batalha entre essas comunidades, que vivem e dependem dos recursos florestais, e empresas madeireiras que ocupam e exploram a área irregularmente”.
Atualmente, a Terra do Meio abriga diversas espécies ameaçadas de extinção. Segundo o Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do ICMBio (2011), algumas dessas espécies ameaçadas são: macaco-aranha (Ateles marginatus); ararajuba (Guarouba guarouba); gato-maracajá (Leopardus wiedii); onça-pintada (Panthera onça); ariranha (Pteronura brasiliensis) e cachorro-do-mato-vinagre ou cachorro-vinagre (Speothos venaticus).
Segundo o Ministério do Meio Ambiente na Estação Ecológica, há espécies de aves que só ocorrem naquela região (endêmicas), como: jacu (Penelope pileata), cujubi (Aburria cujubi), jacamim-das-costas-verdes (Psophia viridis), ariramba-da-mata (Galbula cyanicollis) e barbudo-de-pescoço-ferrugem (Malacoptila rufa).
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