Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
O que define um planeta? Astrônomos querem reformular o conceito

O que define um planeta? Astrônomos querem reformular o conceito

Desde que Plutão foi rebaixado a planeta anão em agosto de 2006, durante a Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU), não se via tanto interesse em definição de planetas. É que, as vésperas de uma nova assembleia da IAU, marcada para 6 a 15 de agosto, um grupo de astrônomos está propondo uma revisão profunda no assunto.

Em um estudo recente, chamado “Critérios quantitativos para definir planetas”, hospedado ho repositório de pré-prints on-line arXiv (não revisto por pares), os autores afirmam textualmente que “a definição atual da IAU de ‘planeta’ é problemática porque é vaga e exclui os exoplanetas”. 

De fato, a atual definição, aprovada naquele ano fatídico para Plutão, estabelece que, para se qualificar como “planeta”, um corpo celeste deve obrigatoriamente orbitar o Sol, dentro do nosso Sistema Solar. A exclusão dos planetas extrassolares da lista é considerada totalmente anacrônica, visto que, desde que o primeiro exoplaneta foi descoberto, mais de 5 mil já foram encontrados até hoje. .

O que diz a nova proposta para classificação de planetas?

Os exoplanetas devem ser incluídos na classificação ordinária de planetas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Principal autor do artigo, Jean-Luc Margot, professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos EUA, apresentará a nova definição proposta na Assembleia Geral da IAU em agosto de 2024. A ideia é aplicar aspectos da taxonomia planetária “a corpos celestes que orbitam qualquer estrela, remanescente estelar ou anã marrom”, diz o estudo.

Mais enxuta, a nova definição define planeta como um corpo celeste que:

  • Orbita uma ou mais estrelas, anãs marrons ou remanescentes estelares, e
  • É mais massivo que 1023 kg, e
  • É menos massivo que 13 massas de Júpiter (2,5 X 1028 kg).

Além disso, os autores propõem também que seja abandonada a exigência de que os planetas sejam obrigatoriamente esféricos. Primeiramente, porque essa forma é difícil de ser estabelecida em observações de exoplanetas. De qualquer forma, objetos maiores que 1023 kg tendem a ser naturalmente esféricos.

A situação de Plutão na nova classificação

x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Plutão continua fora da definição de planeta na nova classificação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Margot e seus colegas executaram um algoritmo matemático nas propriedades de objetos em nosso sistema solar para ver quais deles se agrupavam. Para decepção dos fãs de Plutão, eles concordaram em manter, na nova definição de planeta, aquele requisito que o rebaixou: ter gravidade suficiente para “limpar” sua órbita, acumulando ou ejetando objetos menores próximos.

Esse requisito, conhecido como dominância dinâmica, fornece um limite mínimo para a massa. Mas o oposto pode também ocorrer, com alguns potenciais planetas se revelando grandes demais para se encaixar na nova definição. 

Como exemplo, temos alguns gigantes gasosos, tão grandes que ocorre uma fusão termonuclear de deutério em seus núcleos, transformando-os em subestrelas, as chamadas anãs marrons

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
Ver post do Autor

Postes Recentes