Localizado no norte da Amazônia, o estado do Amapá compreende uma extensão territorial com mais de 14 milhões de hectares e, de acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui 442.933 habitantes.
É um estado cuja biodiversidade é surpreendente e possui atrativos naturais que encantam cada vez mais os turistas. Mas você sabia que não existe nenhuma estrada, ponte ou conexão interligando o Amapá ao resto do país?
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Cerca de 72% do território do Amapá é coberto por florestas. Isso ocasiona uma alta densidade populacional nos 16 municípios que fazem parte do estado, principalmente na capital, Macapá.
Atualmente existem duas formas de chegar no Amapá: por vias aéreas (avião) ou fluviais (balsas e barcos). Por exemplo, uma balsa de Belém, capital paraense, até Macapá, dura 26 horas. Além disso, não existem voos diretos de todas as capitais para o Amapá.
Em suas fronteiras, o Amapá é banhado pelo rio Amazonas, Oiapoque e pelo Oceano Atlântico.
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Outro fator que pode explicar o isolamento do Amapá é o fato da base econômica ser focada no setor primário, que consiste na extração e produção de matérias-primas da natureza.
As principais atividades econômicas do estado se encontram no extrativismo vegetal e mineral, a exemplo da castanha-da-Amazônia, madeira e minérios como ouro, manganês, caulim e granito. O estado também investe na criação de gado bovino e bubalino.
A pouca presença de grandes indústrias que pode ser explicada, dentre outros fatores, pelo distanciamento geográfico do Amapá, dificulta a possibilidade de ligação entre o Amapá e outros estados, pelo alto custo, além de entraves ambientais.
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Entretanto, apesar de não existir uma ponte que conecte o Amapá ao resto do Brasil, a ponte binacional Brasil-França liga as cidades de Oiapoque a São Jorge do Oiapoque, cidade esta localizada na Guiana Francesa.
A ponte binacional possui 378 metros de comprimento e 83 metros de altura, com uma calçada para pedestres de 2,5m de largura. A construção da ponte foi concluída em 2011, mas, devido a atrasos na construção das instalações brasileiras de controle, a ponte não ficou aberta ao tráfego até março de 2017, quando foi inaugurada.
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No lado francês há um posto de controle de fronteira com três agências governamentais: a Polícia de Fronteiras, as Alfândegas e a Diretoria de Alimentos, Agricultura e Florestas. Ainda assim, a construção não facilita o trânsito rodoviário para estados do Brasil.
Em 2002, foi iniciada a construção de uma ponte que ligaria o município de Laranjal do Jari, no Amapá, a Monte Dourado, no Pará. Porém, a construção está parada há mais de uma década e apenas 39% do trabalho foi feito.
O Ministério Público Federal impulsionou uma investigação e acusou prefeitos de diversos mandatos de desviarem 15 milhões de reais que eram das obras da ponte.
Atualmente, estudos realizadas pelo Governo Federal apontam que seria necessário 50 milhões de reais em recursos para a finalização da ponte.
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