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Nova espécie de tubarão-fantasma de nariz comprido é identificada

Nova espécie de tubarão-fantasma de nariz comprido é identificada

Se você estiver passando férias na Nova Zelândia e decidir fazer um mergulho noturno nas águas do oceano Índico, o que é mais assustador do que um tubarão? Um tubarão-fantasma, diria a dra. Brittany Finucci, cientista da pesca do Instituto Nacional de Pesquisa da Água e Atmosfera da Nova Zelândia (NIWA na sigla em inglês).

Ela acaba de descobrir uma nova espécie dentro desse grupo assustador, batizada como Harriotta avia. Segundo a pesquisadora, ela se distingue dos demais fantasmas por algumas características únicas, como “seu focinho alongado, estreito e deprimido; tronco longo e delgado; olhos grandes; e barbatanas peitorais muito longas e largas. Ela tem uma linda coloração marrom chocolate “, brinca a cientista.

Os chamados tubarões-fantasmas são tecnicamente conhecidos como quimeras e, assim como as criaturas míticas, possuem um corpo com aparência híbrida, neste caso um corpo de tubarão, cauda de rato e cabeça grande. Elas têm pele lisa, sem escamas, e se alimentam de crustáceos, com sua placa dentária contínua em forma de bico.

Como a nova espécie de tubarão-fantasma foi descoberta?

A Harriotta avia é marrom-chocolate. (Fonte: NIWA/Divulgação)

A nova espécie foi encontrada enquanto Finucci fazia pesquisas para a Fisheries New Zealand, uma divisão do Ministério das Indústrias Primárias que regulamenta a pesca no país. O espécime foi encontrado em uma elevação submarina a leste da Ilha Sul, uma das duas principais massas de terra do país insular. 

Em um comunicado de imprensa, Finucci descreve a descoberta como “emocionante”, uma vez que os tubarões-fantasmas preferem ficar confinados ao fundo do oceano, para se proteger em um ambiente com pouca luz. Eles vivem normalmente em profundidades de até 2,6 mil metros. “Seu habitat os torna difíceis de estudar e monitorar, o que significa que não sabemos muito sobre sua biologia ou status de ameaça”, conclui a bióloga marinha. 

Nesse protegido fundão do mar, ficam também outros peixes-fatasmas, como peixe-rato, peixe-coelho e peixe-elefante. A princípio os cientistas acharam que a H. avia era uma espécie comum em todo o mundo, mas uma nova pesquisa revelou que ela é genética e morfologicamente diferente de seus colegas. 

Por que esse tubarão-fantasma foi chamado de Harriotta avia?

x. (Fonte: NOAA Okeanos Explorer Program/Wkimedia Commons/Divulgação)
A Harriotta raleighana é também conhecida como tubarão-dumbo. (Fonte: NOAA Okeanos Explorer Program/Wkimedia Commons/Divulgação)

Quando foi atribuir o nome científico à nova espécie Finucci escolheu “avia”, que significa “avó” em latim. Foi, segundo ela, uma homenagem à sua própria avó, que a apoiou em sua carreira, mas também porque, pelo seu lugar na árvore genealógica dos tubarões, a H. avia pode ser considerada a vovozinha de todos os peixes do grupo de cartilaginosos.

Conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), mais de um terço de todos os tubarões, raias e quimeras estão atualmente em risco de extinção devido à caça predatória.

No caso das quimeras, alguns fatores tornam difícil avaliar sua situação real, como a sua preferência por águas profundas, pequenas populações espalhadas e o desconhecimento taxonômico, pois muitas delas, como nossa H. avia, ainda não foram descritas. 

 

 

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Mega Curioso e são de total responsabilidade do autor.
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