Foto: Carina Castelo Branco/Sema AC
O governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), e a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), estão investigando um evento de mortandade de peixes no Rio Acre, registrado no início da semana por moradores da região da Estrada do Quixadá, zona rural da capital acreana.
Uma equipe composta por técnicos e biólogos da Sema, Imac e da Semeia realizou uma vistoria no Rio Acre no dia 9 de outubro, para análises detalhadas da temperatura e qualidade da água, a fim de identificar possíveis causas do ocorrido.
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, destacou a importância das análises técnicas e explicou que a situação vem sendo enfrentada com planejamento e coordenação de forma integrada.
“O Imac recebeu a denúncia sobre a possível mortandade de peixes na terça-feira, e hoje [quarta-feira] estabelecemos uma força-tarefa com técnicos especializados para realizar essa análise. A partir dela, poderemos identificar as possíveis causas da morte desses peixes e o prejuízo à fauna aquática. Esse trabalho é fundamental para descobrirmos os fatores causadores, sejam eles poluição, alta temperatura ou baixa oxigenação da água. O governo do Estado e a prefeitura estão atuando de forma integrada para identificar as possíveis causas da mortandade”, ressaltou a secretária.
De acordo com a chefe do Departamento de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental da Sema, a bióloga Ana Negreiros, o trabalho incluiu a coleta de amostras da água e entrevistas com moradores, que relataram o aparecimento de peixes mortos nos últimos dias.
“Analisamos diferentes pontos ao longo de um trecho de aproximadamente 28 km, saindo do Bairro da Base até a região do Quixadá. Também conversamos com os moradores, que nos falaram sobre o ocorrido”, explicou Ana Negreiros.
O pescador Pedro Ferreira, 57 anos, morador do Ramal do Oriente, na Estrada do Quixadá, relatou ter percebido peixes mortos às margens do rio no último domingo.
“Essa é a terceira vez que vejo algo assim, a primeira este ano. Os peixes começaram a aparecer aqui no domingo. Acho que a água ficou sem oxigênio, por isso está acontecendo isso”, analisou o pescador.
As amostras coletadas serão submetidas a análises laboratoriais, e o resultado embasará uma nota técnica, que será elaborada em conjunto pelas instituições envolvidas. O documento esclarecerá as possíveis causas da morte dos peixes e orientará as ações necessárias.
A ação também contou com o apoio da Defesa Civil Municipal e do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC).
*Com informações da Agência Acre
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