A Polícia Federal (PF) vai investigar se houve crime no caso em que uma pessoa se fez passar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para filiá-lo ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Quem determinou a investigação foi o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, cuja decisão sobre o caso foi divulgada nesta quinta-feira 11 pelo jornal O Globo.
“Considerando a existência de indícios de crime a partir da inserção de dados falsos em sistema eleitoral, encaminhem-se cópia dos presentes autos ao diretor-geral da Polícia Federal para adoção de todas as providências cabíveis que deverão, oportunamente, ser informadas a este Tribunal Superior Eleitoral”, diz um trecho da decisão de Moraes.
O TSE, inclusive, frisou que existem “claros indícios de falsidade ideológica”, uma vez que “é fato notório que [Lula] é integrante do Partido dos Trabalhadores”.
Segundo a publicação, a falsa filiação fez o presidente integrar os quadros do PL em São Bernardo do Campo (SP). Segundo a Corte, uma credencial válida foi usada para registrar a filiação falsa. A publicação aponta que a credencial seria da advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, que presta serviços ao PL. Ela não quis se manifestar sobre o tema.
Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o caso é uma “grande bobagem”. Para ele, “está na cara que a filiação foi feita por algum hacker“. A respeito dos dados da profissional, Costa Neto comentou que “é um fato normal, porque ela está credenciada junto ao TSE para consolidar as filiações em nível nacional”.
De acordo com a decisão do TSE, o login da advogada já realizou mais de 75 mil ações no sistema. “É possível que várias pessoas, ou mesmo robôs, estejam usando tais credenciais no processo de gestão do sistema de filiação partidária”, destacou Moraes na decisão.
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