Foto: Divulgação/Agência Andina
Cerca de mil famílias de comunidades indígenas das regiões de Junín, San Martin e Ucayali, no Peru, recebem incentivos econômicos para a realização de atividades de conservação e restauração dos ecossistemas amazônicos, no contexto da estratégia “Gestão corporativa da biodiversidade”, implementada pelo Ministério do Meio Ambiente peruano (Minam).
Através desta experiência piloto, iniciada há 6 anos, estas atividades de recuperação ecológica tornam-se meios de subsistência para gerar rendimentos complementares para pequenos produtores que se dedicam à agricultura, pecuária ou ecoturismo.
Isto surge da Plataforma Digital de Compensação pela Conservação no Peru, que envolve empresas comprometidas com a conservação do patrimônio natural e, ao mesmo tempo, contribui para a melhoria da qualidade de vida das populações locais.
Sobre esta intervenção setorial, William Llactayo, especialista da Direção Geral de Ordenamento Territorial e Gestão Integrada dos Recursos Naturais do Minam, disse que os projetos de restauração envolvem a recomposição de um conjunto de elementos-chave da biodiversidade, necessários para recuperar um ecossistema, e o conjunto de serviços que oferece pode gerar benefícios econômicos para a população.
“Desta forma, as comunidades locais recebem receitas para conservação e restauro, e melhorar sua qualidade de vida. É fundamental que esses processos tenham um olhar para o planejamento territorial local para identificar oportunidades e limitações na mesma fazenda”, afirmou.
Com o apoio técnico do Minam, esta iniciativa é desenvolvida pela Universidade Católica Sedes Sapientiae em aliança com a corporação Masbosques da Colômbia e com o financiamento da cooperação Suíça-SDC.
Esta experiência de sucesso foi apresentada no Pavilhão do Peru na COP16, em Cali, onde especialistas nacionais trocaram conhecimentos com seus homólogos da Colômbia, com base nas práticas realizadas nos territórios amazônicos daquela zona fronteiriça.
O evento foi intitulado “Recuperação de ecossistemas em fazendas amazônicas: estratégia para restauração social do território, nas regiões de Junín, San Martin e Ucayali”.
Representantes do Serfor, da Universidade Santo Tomás e da organização Masbosques de Colômbia também participaram deste painel.
*Com informações da Agência Andina
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