Marighella, o comunista
Autor(a): Xapuri
Por Revista Xapuri
O comunista
Para seu conforto pessoal
Vou partir para o finalmente
Ele foi preso, torturado e morto
Como mandavam as leis vigentes…
Por Alessandro Diniz
Diziam que ele andava com prostitutas
Que uma beijava-o na boca sempre
Está escrito nas apócrifas escrituras
Os textos sagrados nunca mentem.
O terrorista que atacou os mercadores
Que denegriam a imagem do templo
Enfureceu os divinos sacerdotes
Os homens mais sábios daquele tempo.
Era um perigo para a sociedade
Que está sempre a espera de um salvador
Para sanar suas eternas necessidades
Há muito clamado com grande fervor.
Era defensor de mulheres adúlteras
Foi contra a morte daquela corrupta
Atentando contra a decência convencional
Dos santos juízes que a julgam.
Ousou matar a fome do povo
Ousou pedir que repartissem o pão
Pervertendo com conversas absurdas
Sobre igualdade, amor e perdão.
Foi devidamente punido e serve de exemplo
Para aqueles que ousam desafiar o poder
Pagou com a vida por todo o alento
Que subversivamente ousava oferecer.