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'Maior paçoca do mundo' servirá cerca de 20 mil pessoas em Roraima

‘Maior paçoca do mundo’ servirá cerca de 20 mil pessoas em Roraima

Não tem nada a ver com amendoim! Composta por carne seca e farinha amarela, a ‘maior paçoca do mundo‘, começou a ser feita cinco dias antes de ser servida gratuitamente para cerca de 20 mil pessoas no Boa Vista Junina 2024. Prato típico da cultura indígena, a iguaria é uma das mais populares de Roraima e, para o tradicional arraial, usa quantidades gigantes de ingredientes.

Tão ‘maceta’ quanto o amor do roraimense pela iguaria é o volume de ingredientes dela. Neste ano, a paçoca leva:

2.800 kg de carne

520 kg de farinha amarela

170 kg de cebola

42 kg de manteiga

Leia também: Confira uma receita da paçoca de Boa Vista

Tudo isso para bater o próprio recorde e se manter como a ‘maior paçoca do mundo’, título dado pela prefeitura de Boa Vista desde a primeira vez em que a paçoca foi servida gratuitamente no arraial, em 2015. A produção envolve diretamente 15 pessoas, entre auxiliares de cozinha e de açougue.

A paçoca será servida no dia 7 de junho. A meta deste ano é entrar para Guinness World Records, o livro dos recordes, e ultrapassar os 1.264 kg servidos no ano passado. No dia 5 de junho a produção do prato foi destaque no programa ‘Mais Você’, comandado por Ana Maria Braga.

“Nosso objetivo é pesar um pouco mais do que isso e, claro, depois distribuir para todo mundo saborear essa nossa iguaria regional. A paçoca se tornou um produto turístico muito forte, fortaleceu a regional sem dúvida nenhuma. Hoje é um dos principais souvenir que os turistas e os moradores de Boa Vista compram para presentear. [A expectativa] é de que esteja oficialmente no livro”, explicou a superintende de Turismo de Boa Vista, Alda Amorim.

Foto: Yara Ramalho/g1 Roraima

O preparo iniciou no dia 3 de junho, com a desossa e a salga da carne bovina. No dia 5, a carne começou a ser frita em um forno a lenha, onde são usadas troncos de acácias. Além disso, também é feito o reaproveitamento de paletes.

Responsável pela coordenação do preparo da paçoca, a chefe de cozinha, Daiana Gomes, que é indígena do povo Macuxi, acompanha de perto para que tudo saia com a qualidade prevista.

“É um grande desafio. Primeiro a gente desossa essa carne, frita, espera ela esfriar por um dia, tritura e faz a mistura com a farinha? Depois nós temperamos tudo”, explicou ela sobre o processo que envolve o preparo.

Foto: Yara Ramalho/g1 Roraima

Este ano, a preparação ficou por conta da Fábrica Pinheiro, empresa contratada pela prefeitura. Esta é a terceira vez que a empresa faz a produção gigante. A primeira foi em 2017, e a segunda, em 2019. Alda não soube informar o valor pago à empresa. Ano passado, o custo foi de R$ 232 mil.

Segundo o proprietário, Pedro Pinheiro, de 51 anos, embora estejam acostumados a produzir grandes quantidades de paçoca, preparar a ‘maior do mundo’ é um desafio.

“É um desafio com certeza. Embora a gente saiba que tem essa quebra de recorde, a gente ainda é pego de surpresa [com a quantidade]. Tudo aumenta, a quantidade de matéria prima é maior e a gente ainda tem que atender as outras demandas nesse tempo”, explicou o empresário.

A ideia o município desde que iniciou com a distribuição era para entrar para o livro dos recordes, o que nunca ocorreu em oito anos – até 2023. Mas este ano segundo a prefeitura, uma equipe do Guinness Book deve ir até o arraial para validar a iguaria.

Para isso, uma equipe de dois chefes e dois nutricionistas indicado pelo Guinness acompanha o preparo da paçoca na Fábrica Pinheiro e anota as exigências do livro que acompanha recordes mundiais.

As exigências do Guiness são: qualidade, peso e distribuição. A qualidade vai ser atestada pelo chefe, que avaliar se realmente é um item tradicional. A nutricionista confere a qualidade nutricional da paçoca. Além disso, são avaliados o peso, que vai acontecer na sexta, e a distribuição para a população. Não pode ter desperdício.

O Grupo Rede Amazônica também fez contato com a equipe do Guiness e aguarda resposta.

A da ‘maior paçoca do mundo’ começou em 2015, quando a prefeitura decidiu servir gratuitamente ao público do arraial porções do prato típico. Naquele ano, foram distribuídos 500 Kg a 20 mil pessoas.

Depois, nos anos seguintes, os recordes foram batidos. A última vez que a paçoca foi servida foi em 2023, onde a quantidade chegou a 1.264 kg.

Desde que iniciou, somente nos anos de 2020 e 2021 não teve paçoca em razão da pandemia de Covid-19, quando o arraial não foi realizado. À época, em 2015, a ideia era levar a iguaria ao Guinness Book, o livro dos recordes, o que ainda não ocorreu oito anos depois.

*Por Yara Ramalho, do g1 Roraima

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Portal Amazônia e são de total responsabilidade do autor.
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