Turismo em alta e gestão pública precária acumulam toneladas de lixo na ilha de Boipeba, no litoral baiano, abrigo de populações tradicionais e uma das regiões mais preservadas da Mata Atlântica brasileira.
Plásticos, pneus, restos de obras, móveis, embalagens e uma infinidade de outros resíduos estão espalhados em pontos de Boipeba e de outras ilhas do município de Cairu.
Sólidos e líquidos dos lixões podem contaminar terra, ar e águas e proliferar mosquitos, moscas, baratas e ratos, todos dispersores de doenças. Ameaçam ainda a conservação de espécies animais e vegetais.
Os depósitos ficam fora das rotas e olhos dos turistas, que chegam mais facilmente desde a inauguração de um pequeno aeroporto em Boipeba, em dezembro passado.
Naquelas praias também se topa com cada vez mais lixo. Parcela desse viria de outras ilhas e regiões continentais pelas correntes marinhas e sobe-desce das marés.
A dramática situação pede ações amplas e urgentes. Moradores e empresários unidos no projeto RP Recicla embarcam parte do lixo para reciclagem, mas o isolamento rodoviário da ilha complica e encarece o esforço.
A Prefeitura de Cairu afirma à imprensa baiana que lixões nas ilhas de Tinharé e de Cairu estão quase eliminados, e que a remoção dos resíduos de Boipeba para um aterro licenciado está em tratativas.
Questionada por ((o))eco, a administração ainda não informou sobre os prazos para solucionar completamente o problema.
Como noticiamos desde abril de 2019, Boipeba é alvo de um mega projeto turístico-imobiliário num terreno ocupando quase 20% da ilha, cujo licenciamento estadual foi taxado de ilegal por órgãos federais.
*Com informações da Tribuna da Bahia e do vereador Arthur Wense (PSD).
As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site O Eco e são de total responsabilidade do autor.
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