Kátia Brasil ganha Prêmio Comunique-se 2021
Por Amazonia Real
A jornalista e editora-executiva da Amazônia Real foi reconhecida na categoria Sustentabilidade e homenageou a floresta, os povos, a mãe e a equipe da agência (Print do livestreaming)
São Paulo (SP) – A jornalista Kátia Brasil, cofundadora e editora-executiva da Amazônia Real, ganhou nesta terça-feira (16) o Prêmio Comunique-se na categoria Sustentabilidade. Autointitulada “Oscar do Jornalismo Brasileiro”, a premiação de Kátia Brasil é um reconhecimento da trajetória da profissional e também da agência de jornalismo independente e investigativo fundada em 2013.
“Quero agradecer à Amazônia, sem ela eu não estaria aqui. É essa floresta viva, que pulsa nesse mundo. É importante que a gente entenda que embaixo dessas árvores vivem os povos indígenas, os quilombolas. Nós somos porta-vozes deles”, discursou Kátia ao receber o prêmio, que participou da cerimônia por vídeo, ao vivo.
A jornalista agradeceu ao Comunique-se por ter incluído a categoria Sustentabilidade na premiação e dedicou o troféu à mãe, ao jornalista Vandré Fonseca e a equipe da Amazônia Real.
Kátia concorreu com os jornalistas André Trigueiro, da CBN/GloboNews/TV Globo, e Rosana Jatobá, da CBN/Universo Jatobá, dois profissionais renomados na área da sustentabilidade.
A cerimônia de premiação foi realizada nos formatos físico e online, com transmissão pelo Youtube e por veículos parceiros do Comunique-se. Na abertura houve uma homenagem à jornalista Cristiana Lôbo, que morreu no dia 11 de novembro vítima de complicações de um câncer. Um vídeo mostrou ainda a importância do jornalismo profissional brasileiro nos tempos atuais.
O Prêmio Comunique-se foi apresentado pelas duplas de jornalistas Adriana Couto e Mauro Beting; Milena Machado e Roberto Cabrini; e Joana Treptow e Alexandre Henderson. Alguns dos premiados subiram ao palco para agradecer e falar brevemente sobre as suas trajetórias. Outros falaram por meio de vídeos ao vivo ou gravados.
Os tempos difíceis, por causa da pandemia da Covid-19 e dos ataques ao trabalho dos jornalistas por parte do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), foram lembrados por alguns dos premiados. Adriana Couto, vencedora na categoria Cultura/Mídia Falada, defendeu a diversidade no jornalismo e contou que em uma carreira de 23 anos teve apenas um chefe negro.
Andréia Sadi, premiada na categoria Nacional – Mídia Falada, falou sobre o machismo no jornalismo político e homenageou a colega Cristiana Lôbo, jornalista que abriu portas para muitas mulheres nesse tipo de categoria. Ela desejou que as mulheres não desistam, mesmo sob tantos ataques. Flávia Oliveira, também premiada, exaltou o jornalismo realizado com conhecimento científico e destacou a contribuição para o enfrentamento à Covid-19.
A homenageada da noite foi a cartunista Laerte, 70 anos. Em seu discurso, Laerte disse sentir falta da convivência com os jornalistas nas redações.
Em 2021, o prêmio Comunique-se bateu recorde no primeiro turno de votações, com 145 mil votos. No segundo turno, o número de votos chegou a 1,7 milhão de votos.

Premiados por categorias
APRESENTADOR/ÂNCORA
Âncora de rádio: Vitor Brown
Âncora de TV: Christina Lemos
Apresentador: Luís Ernesto Lacombe
DIGITAL
Tecnologia:Filipe Faião
Influenciador digital: Luís Ernesto Lacombe
Jornalista podcaster: Daniela Lima e Renata Agostini
COLUNISTAS
Colunista de notícia: Guilherme Amado
Colunista de opinião/articulista: Tereza Cruvinel
COMUNICAÇÃO
Propaganda e Marketing: Erich Beting
Profissional de Comunicação Corporativa: Mariana Passos
Agência de Comunicação: It Press Comunicação
LIDERANÇA DE VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO
Thiago Feitosa (Record News)
CULTURA
Mídia falada: Adriana Couto
Mídia escrita: Cristina Padiglione
ECONOMIA
Mídia falada: Flávia Oliveira
Mídia escrita: Luis Nassif
Jornalista empreendedor: Samy Dana
ESPORTES
Mídia falada: Mauro Beting
Mídia escrita: Vitor Sérgio Rodrigues
Locutor esportivo: Téo José
SUSTENTABILIDADE
Kátia Brasil
REPÓRTER
Mídia falada: André Hernan
Mídia escrita: Luiza Martins
Repórter de imagem: Dario Costenaro
Repórter internacional: Mariana Becker
NACIONAL
Mídia escrita: Guilherme Amado
Mídia falada: Andréia Sadi
Carreira premiada

A cofundadora da Amazônia Real é formada pela Faculdade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, e já trabalhou em rádios, revistas, jornais e emissoras de TV. Na Amazônia, foi repórter das emissoras TVs Educativa e Cultura, e dos jornais O Estado de Roraima, Amazonas Em Tempo, O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Tem longa experiência na cobertura de temas socioambientais e em investigações jornalísticas. Já escreveu reportagens sobre crimes ambientais, corrupção e narcotráfico na Amazônia.
Ao lado das jornalistas Elaíze Farias e Liege Albuquerque, fundou a Amazônia Real em 2013, em Manaus (AM). A agência de jornalismo independente e investigativo cobre as diversas questões da região amazônica, com foco nas populações da região e linha editorial que defende a democratização da informação, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e os direitos humanos.
Kátia Brasil ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo – Região Norte, em 1991, entre outros reconhecimentos, pela reportagem Bandeira do Brasil Hasteada na Fronteira. Publicada no jornal A Gazeta de Roraima, ela trazia o vívido relato entre garimpeiros e soldados da Guarda Nacional da Venezuela.
Em 2015, a jornalista ganhou o Prêmio Criar Brasil da Radio Tube pelo documentário “Aruká, o último guerreiro do povo Juma”, já pela Amazônia Real. Três anos depois, foi a vez do prêmio Melhor Direção na categoria Amazonas no Festival de Cinema Olhar do Norte com o documentário “Pés de Anta – As cineastas Munduruku”, também pela agência.
No ano de 2019, foi nomeada pela jornalista Angela Pimenta para a campanha Women Journo Heroes (#JournoHeroes), da International Women’s Media Foundation (IWMF) com apoio do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas. Em 2020, Kátia Brasil foi nomeada pelo Conselho Global da Ashoka para integrar a Rede de Empreendedores Sociais Ashoka, na Categoria Relacionamento Especial.
Este ano, Kátia e Elaíze se tornaram as primeiras mulheres, negra e indígena, respectivamente, a serem homenageadas no 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Há uma semana, Kátia Brasil participou da cerimônia de entrega da 10ª edição do Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos. A agência Amazônia Real conquistou o segundo lugar com a série Ouro do Sangue Yanomami, produzida e publicada em parceria com a Repórter Brasil.
Para assistir ao vídeo do prêmio Comunique-se, clique aqui
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