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Jornalismo digital: 30 anos e desafios atuais

Jornalismo digital: 30 anos e desafios atuais

Caríssimos (as) leitores (as), inicio a coluna de maneira formal e sem linguagem neutra, ou mesmo as costumeiras @ que utilizo eventualmente para demonstrar empatia com as possibilidades de gênero, porém buscando não colidir fortemente com a norma “de investimento social”, antigamente dita “culta”, da língua. Assunto que foi notícia e mereceria uma reflexão.

Também justifico não ter escrito aqui na coluna, como já de costume, nada sobre novembro, mês da consciência negra e na “edição passada” o mês da COP-30, em que simbolicamente a capital do Brasil se tornou amazônida e assunto global. Até mesmo abdiquei dos comentários aos fatos políticos e judiciais esperados há tanto tempo, principalmente por quem como eu sobreviveu ao quase passamento na pandemia, e para outros que perderam entes queridos ou se indignaram com “passada de boiada ambiental”, privatização de refinaria e tantas outras coisas nefastas no governo central passado.

É que “o ano passou voando”, percepção que imagino dividida com muitas pessoas. Muitas atividades e tudo acontecendo ao mesmo tempo. Entre tantas atividades e novos projetos, um “sumiço” se impôs ao não compulsório. O que importa é que a coluna aqui na Amazônia Real, na sua flexibilidade periódica, acabou de completar, no final de novembro passado, os 6 anos de colaboração voluntária.

Entrando no tema do título desta coluna, confesso que o mesmo foi inspirado por fato recente, o lançamento do podcast “30 anos de jornalismo digital, do qual participou junto ao curso de jornalismo da Universidade Federal do Amazonas, nossa caríssima editora e cofundadora da Amazônia Real, Elaíze Farias, e tantos outros colegas jornalistas. E aí nos dois últimos termos também tem parte da motivação.

Tempos atrás escrevi no meu blog pessoal o texto “Cronista, colunista ou bloguista?”  em um tipo de “crise identitária”. Da qual me socorreu, com comentário generoso, a nossa também cara e premiadíssima jornalista cofundadora da agência Amazônia Real, Katia Brasil. A partir dali resolvi que assumiria mais uma identidade, a de Jornalista.

Ato contínuo, juntei minha trajetória de bloguista desde 2004, produtor de conteúdo multimídia e os cinco anos de colunismo aqui pela premiada Amazônia Real, e requeri meu registro profissional enquanto jornalista. Obtido o registro, achei de bom tom também me sindicalizar, além de obter a carteira nacional de identidade profissional da FENAJ. Faltava, porém, na minha consciência, algum “upgrade” para poder ostentar a partir de embasamento e reconhecimento acadêmico-profissional, a nova identidade. E ela veio com a conclusão do MBA em Jornalismo e Marketing Digital.

Portanto, estou vivenciando e experimentando propostas nessa nova fase, sem no entanto, ter me desobrigado de minhas outras atividades profissionais, ativistas e acadêmicas, faço aqui breve observação pertinente.

A atividade jornalística nos últimos 30 anos passou por transformações profundas, não apenas tecnológicas, mas também conceituais, mercadológicas e éticas. Exigindo dos veículos e dos profissionais, em especial os mais antigos, grande reinvencão, adaptação às linguagens comunicacionais, atenção à novas ameaças, como fake news facilitada, precarização do mercado de trabalho, “pejotização” e a introdução da “redessocialização”, esta última sob o enorme poder das “big techs” e seus algoritmos determinantes. Isso tudo não esquecendo da questão da Inteligência Artificial e seus impactos.

Penso que ante a nova realidade dos grandes veículos de imprensa, dos jornalistas independentes e seus “portais” e a incontornável integração de todos com as redes sociais, surge uma nova e importante pauta. Garantir o direito de expressão dos profissionais qualificados, também nas redes sociais, de forma a não ter cerceado por violações de regras arbitrárias, o direito de informar por elas, o que é aceitável e qualificado nos padrões jornalísticos.

É sugestão que os nossos sindicatos e profissionais com alta visibilidade e penetração, se engajem em um tratamento diferenciado pelas redes sociais aos jornalistas com compromisso ético e reconhecimento profissional oficial.  Não é justo, nem viável, a não diferenciação entre usuários comuns e profissionais de imprensa diante de regras de moderação tão severas quanto paradoxais e seletivas.

Enfim, encerrando a última coluna do ano, resta agradecer a atenção dispensada ao longo de 2025, desejar boas festas e um feliz ano novo.

As informações apresentadas neste post foram reproduzidas do Site Amazônia Real e são de total responsabilidade do autor.
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