A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL), fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta quinta-feira 18, no qual destacou a riqueza cultural das populações tradicionais e seu papel na preservação do meio ambiente.
Trata-se de uma mensagem sobre o Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril.
“Os territórios indígenas preservam 80% de toda a biodiversidade do planeta. E são as áreas onde ocorre a menor taxa de desmatamento”, afirmou a ministra. “Sem o nosso cuidado com o meio ambiente, a crise climática se agravaria, provocando secas, inundações, ciclones e outros eventos ainda mais severos em todo o País.”
“É o momento de celebrarmos a riqueza cultural dos 305 povos indígenas que vivem neste nosso Brasil, que fazem parte do grande mosaico de tradições e histórias de resistência do nosso País. Vivemos em florestas, alguns de nós em áreas isoladas, mas estamos também nas cidades”, prosseguiu.
No pronunciamento, a ministra listou ações do governo federal para lidar, por exemplo, com a crise do povo Yanomami, em Roraima. “Atuamos de forma enérgica contra os criminosos que destruíram suas florestas, contaminaram os rios com mercúrio, mataram os peixes e levaram doenças e fome aos nossos parentes”.
Guajajara ainda destacou o fato de o País ter, pela primeira vez, uma pasta dedicada aos povos originários, além de indígenas na chefia de postos-chave como na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.
Nesta quinta, o presidente Lula (PT) homologou, em cerimônia no Palácio da Justiça, as terras indígenas Cacique Fountoura, em Mato Grosso, e Aldeia Velha, no sul da Bahia. Juntas, as áreas somam cerca de 40 mil hectares e reúnem quase 2 mil indígenas das etnias Pataxó e Iny Karajá.
Com esse ato, o petista atinge a marca de 10 territórios demarcados desde o início do governo.
Os indígenas aguardavam a demarcação de seis territórios, mas apenas dois foram formalizados. Em seu discurso, Lula afirmou ter decidido aguardar, porque algumas áreas estão ocupadas por centenas de pessoas. Ele disse, porém, ter iniciado as tratativas com os governadores para buscar uma solução.
“Temos alguns problemas de terras ocupadas por fazendeiros e pessoas que são mais pobres do que nós. Tem uma, por exemplo, que tem 800 pessoas. Os governadores me pediram mais tempo e nós vamos dar esse tempo. Não queremos colocar a polícia para tirar essas pessoas”, justificou o presidente.
(Com informações da Agência Brasil)
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